Giulia:O momento em que o avião tocou o solo de Nova York foi como uma lufada de ar fresco. A tensão que carreguei durante a última semana em Moscou parecia começar a se dissipar. Estar de volta à cidade me fez sentir que talvez, apenas talvez, eu pudesse deixar para trás tudo o que Alessandro havia dito, o peso de sua presença e o terror que emanava daquela casa. Ele era o tipo de homem que perseguia meus pesadelos, e eu sabia que, se os horrores do meu passado tivessem um rosto, seria o dele.— Lar, doce lar — Finn disse, bocejando, enquanto o piloto anunciava o fim da viagem.— Finalmente — Leah gemeu, esticando as pernas antes de pegar sua mochila. — Eu preciso de um hambúrguer.— Você sabe como ganhar meu coração, Anderson — Finn respondeu, colocando a mão no peito com exagero teatral, enquanto eles riam e desciam do avião, carregando as malas.Eu me levantei do assento de couro macio, abotoando meu casaco preto sobre o vestido verde. Sentia a necessidade de algo ao meu redor, a

Giulia:Antes que eu pudesse responder, seus lábios encontraram os meus. O beijo era devastador — um turbilhão de desejo, dor e amor que roubava o ar dos meus pulmões. Sua boca se movia sobre a minha com urgência, como se quisesse provar que o que havia entre nós era real. Sua língua explorava a minha, exigente, reivindicando-me como se eu fosse sua última chance de redenção.Suas mãos começaram a explorar meu corpo, deslizando pela curva do meu pescoço, traçando meus ombros e descendo até a cintura. O toque dele era firme, mas havia uma delicadeza inesperada, como se cada movimento fosse uma promessa silenciosa de que eu era preciosa. Seus dedos encontraram a barra do meu vestido, puxando-a lentamente para cima, até removê-lo completamente, enquanto seus olhos nunca deixavam os meus.Quando minha pele ficou exposta, ele s

Matteo:A noite passada foi uma chama que incendiou tudo o que eu pensava conhecer sobre desejo.Ela estava em meus braços agora, mas o que aconteceu ali, contra a parede fria do banheiro, continuava a arder sob minha pele, gravado como uma cicatriz que eu jamais desejaria apagar. Não foi apenas entrega — foi uma colisão brutal de corpos e almas, uma marca gravada à força. Como se eu precisasse lembrá-la, fisicamente, de que pertence a mim.Cada toque dela era uma promessa silenciosa, uma reivindicação. E eu absorvi cada uma delas, deixando que o calor dos seus beijos queimasse as sombras que me perseguiam há tanto tempo.O corpo dela se moldava ao meu como se nunca houvesse pertencido a mais ninguém. E nunca mais pertenceria. Havia uma promessa não dita em cada gemido abafado, cada tremor. Giulia não era uma mulher que eu permitiria passar