~Damon~Sinceramente, não esperava por isso.Principalmente não tão cedo da porra da manhã.Estava me preparando pra sair. A mente já cravada nos compromissos do dia — reunião da alcateia, um problema com a patrulha na fronteira, umas entregas atrasadas que eu mesmo teria que resolver.Estava no meio de um café preto, camisa aberta, pronto pra atender uma chamada rápida com um dos Anciãos quando ouvi aquela voz.A voz da Camilla.Aquela voz aguda, açucarada, nojenta... que ela usava quando achava que ainda tinha o controle de alguma coisa.E então ouvi a voz da Lyra.A voz.Afiada. Desafiadora. Molhada de raiva e de outra coisa também. Aquele tipo de respiração trêmula que as garotas soltam quando acabaram de ser humilhadas e não sabem se gritam, choram ou jogam uma cadeira pela janela.Então eu parei. Se dane a reunião. Dane-se a entrega. E se foda o café que tava esfriando no mármore da pia.Fui até a porta.E o que vi? Fez algo selvagem estalar dentro de mim.Lyra. Ali, de pé com a

~Lyra~Ah, porra.Caralho.O meu Damon.Eu amo o fato de ele ter me defendido na frente daquela vaca. Amo tanto que talvez chore. Ou grite. Ou me jogue debaixo da mesa e simule um orgasmo só de lembrar.Pela Deusa, o jeito que ele se colocou na minha frente, enorme como uma parede feita de pecado e testosterona, com a voz calma, mas letal... Parecia que podia jogar ela pela janela e me virar de bruços no balcão antes mesmo de ela tocar o chão. Acho que acabei de me apaixonar por ele tudo de novo.E sim, eu disse meu Damon. Porque eu não dou a mínima pro que os outros acham, nem aquela ex-esposa oxigenada, empalhada, com uma bunda de vinte mil reais e uma personalidade que vale três.Ele é meu.Meu, no tom grave que a voz dele assumiu quando a colocou no lugar. Meu, no toque que veio depois, como se eu fosse delicada e perigosa ao mesmo tempo. Meu, no beijo que ele deixou na minha têmpora, como se eu fosse uma recompensa divina por ter sobrevivido à tempestade.E, pelo amor da Lua... q

~Lyra~As palavras dele me arrancaram outro gemido, mais alto dessa vez. Chupei mais forte, me movi mais rápido, deixando os lábios deslizarem ao longo dele num ritmo sujo e hipnótico. Me afastei apenas para lamber a ponta, circulando com a língua, provocando, saboreando, e depois o engoli fundo outra vez, até sentir ele roçar o fundo da minha garganta.Os quadris dele sacudiram, e ele rosnou meu nome como se estivesse prestes a perder o controle.— Lyra, porra... mais devagar... a não ser que você queira que eu goze nessa boquinha doce agora.Levantei o olhar. Os olhos úmidos e arregalados, saí devagar, arrastando os lábios por toda a extensão do pau dele com um último gemido. Segurei firme com a mão e sussurrei:— Eu quero, Daddy. Quero que você goze na minha boca. Quero provar tudo isso. Por favor.A cabeça dele bateu contra o encosto do banco. Os olhos se fecharam com força. O peito subia e descia, como se estivesse no limite. E eu não esperei.Enrolei os lábios ao redor dele de n

Ele se inclinou mais, uma das mãos pousando sobre minha coxa, deslizando devagar até se firmar logo abaixo da barra da minha saia.— E quando finalmente tive você... — Murmurou com a voz arrastada, carregada de calor. — Quando provei você, quando te fodi, quando senti seu corpo me apertando e implorando por mais... eu soube. Não tinha mais volta.— Camilla foi um erro. Uma distração. Uma sombra do que deveria ter sido. Mas você? Você é minha. Minha companheira. Minha obsessão. Minha Ômega. Meu segredo sujo que eu nunca vou devolver.Fiquei em silêncio. Não conseguia dizer nada.Meu corpo já tremia de novo.Ele se aproximou mais, os lábios quase tocando minha orelha.— Você nasceu pra mim — Murmurou, a voz firme, sem hesitação. — E eu vou passar a vida inteira te mostrando isso.E juro, naquele instante, quase gozei.— Merda... que tesão — Suspirei, com as coxas apertadas sob a saia. — Quero você agora. Não importa se estamos no estacionamento. Me vira sobre o painel e me faz gritar teu

— Seu cheiro. — Murmurou ele. — Não tá mais limpo. Não tá mais puro. Você fede a porra de Alfa.Falou como se fosse um elogio. Como se eu devesse me orgulhar daquilo. E o pior? O pior de tudo? Meu corpo reagiu. Minha pele esquentou.Abri a boca pra mandar ele se foder, pra lembrar que eu tinha um Alfa inteiro, um verdadeiro Daddy, que podia quebrar o pescoço dele como se fosse um lápis e nem piscar. Mas é claro que ele não deixou. Porque, aparentemente, esse garoto era alérgico a limites e feito de puro pecado.— Você foi fodida. — Continuou, agora com a voz mais baixa, mais cruel, como se quisesse esculpir a verdade em mim com cada palavra. — E não foi só uma vez. Não. Eu consigo sentir. Ele já esteve dentro de você mais de uma vez. Te encheu. Te marcou. Com nó ou sem nó, tanto faz. Seu corpo é dele agora. E mesmo assim...Se inclinou. Perto demais. Minhas costas bateram no armário com um baque suave. Os olhos dele desceram pelo meu corpo, lentos, presunçosos, invasivos, até pararem b