~Lyra~
Sorri. Inocente como bolo de vó. Mesmo estando ali sentada, sem calcinha, ainda com o gosto dele no fundo da garganta desde a noite passada.
Ele estreitou os olhos pra mim, como se algo tivesse feito clique de repente.
— Espera aí. Você vai pra escola assim? — Perguntou, a voz rouca, um pouco mais alta agora. — Se algum garoto sequer olhar pra você ou respirar perto de você... ou pensar em falar com você... diz pra ele que eu vou arrancar os olhos da porra da cara dele.
— Sim, Daddy — Sussurrei, sorrindo agora porque eu amava aquilo. Amava o jeito que ele falava. Amava o jeito que me olhava... como se eu fosse o problema dele e a porra da coisa favorita do mundo também.
— Hmm... — Ele rosnou, os olhos percorrendo meu corpo como se tentasse separar o que era real do que era só parte da imaginação suja dele. — Você tá me chamando de Daddy. Sua vadiazinha atrevida. O que tá passando nessa cabecinha imunda, hein?
Pisquei pra ele com meu melhor sorriso inocente. O coração disparava.