POV: HAPHEL— Alfa Lukas, você disse que seriam três no ataque. — Soraya deu um passo à frente, a postura ereta de guerreira. — Irei junto. Tenho o selo dourado e posso escolher onde atuar nos jogos. — Não precisamos de três no ataque. — ele rosnou, a hostilidade clara. — A Luna e eu damos conta sozinhos. — É claro que sim. — Soraya não recuou, a voz firme. — Mas insisto. Posso aprender muito com o senhor no campo de batalha. Lukas semicerrou os olhos, avaliando-a com fúria contida. O ódio dele era palpável, quase sufocante, até que relaxou a postura e deixou escapar um sorriso frio. — Que seja. — declarou, cada palavra impregnada de rancor. — Só não ouse me atrapalhar. Os três da defesa se posicionaram no nos

POV: HAPHEL— Não... não é possível... — exclamei, já no pé da árvore que tentava escalar. Um grito escapou da minha garganta quando algo pesado foi arremessado contra mim. Caí no chão com força, as mãos deslizando pelo corpo inerte que havia me atingido. Senti a viscosidade quente entre os dedos e, com a lanterna trêmula, iluminei. Era Aldric. O beta. Ensanguentado, o corpo coberto de cortes profundos. O peito não se movia, os olhos semicerrados, sem vida.— Aldric... — minha voz quebrou, a respiração descompassada. — Acorda, por favor... acorda! — Acho que quebrei o seu beta, Luna. — a voz de Lukas soou perto, baixa, carregada de escárnio. — Ele nunca mais vai acordar. O hálito podre atingiu meu rosto, me fazendo engasgar. Tremendo, virei a l

POV: AIDENMinha mão se fechou na cabeça de um errante, esmagando contra a pedra até ouvir o crânio rachar. Rasguei a jugular de outro com as garras, o sangue quente jorrando sobre mim. O terceiro não teve tempo de reagir: abri sua barriga com um único movimento, as vísceras caindo ao chão.Estava brutal. Feroz. O lobo à superfície. Matar era tudo o que importava. Cada corpo tombado, cada gota de sangue derramada, alimentava a fera dentro de mim. O monstro pedia mais, exigia mais.“Isso, Belmont. Sinta. O sangue deles é o nosso vinho. Continue até que o mundo inteiro se curve diante de nós.” — Lurak gargalhou, sarcástico, predador, faminto por destruição.Então ouvi. Não era Lurak. Não era nenhum inimigo. Era um sussurro suave, quebrado pelo medo:“Por favor, Aiden... venha até mim.”Haphel.Meu peito travou. Se ela estava me chamando desse jeito, só havia uma explicação.— Meu beta caiu. — O rugido escapou feroz, possesso, o corpo tremendo na beira da transformação. Garras arranharam

POV: AIDEN— Gosto de avaliar minhas presas antes de caçá-las, Alfa Belmont. — Reymond declarou com arrogância, a voz carregada de escárnio.Senti o movimento atrás de mim. Os inimigos avançaram pelas costas, mas desviei no instante certo, agarrando o Supremo pelo braço e o lançando contra eles com força. O impacto foi seco, corpos caíram ao redor, e ainda assim ele bateu palmas, rindo como se fosse espetáculo.— Bravo, bravo... — Reymond gargalhou, cuspindo sangue, mas mantendo o sorriso frio. — Mesmo envenenado, exausto e ferido, você ainda tem forças para lutar. — Ele inclinou a cabeça, o olhar brilhando em malícia. — Confesso, Aiden... se não fosse o veneno queimando suas veias, provavelmente seria capaz de me matar.— Você me subestima, Supremo. — Estalei o pescoço, o som ecoando como um aviso. Abri os braços, erguendo o olhar com arrogância, deixando minha essência Lycan se expandir. Mesmo sem Lurak à superfície, o poder tomou conta. As veias saltaram sob a pele, as presas avanç

POV: AIDENEla negou com a cabeça, os olhos ainda confusos, o rosto marcado pela fragilidade. Sorri de canto, fascinado pela ingenuidade que contrastava com a força que ela mesma tinha acabado de provar.— Apenas Alfas poderosos conseguem se transformar sob a Lua de Sangue, Haphel. — Fiz uma pausa, proposital, para que ela absorvesse cada palavra. Vi seus olhos se arregalarem em choque, o coração disparando forte no peito. Ela tentou se afastar, mas a segurei firme contra mim, sem permitir. — Você não é qualquer loba, Fel... você é uma Alfa.— Uma... Alfa? — Ela exclamou, surpresa, quase sem ar, mordendo os lábios ressecados.Segurei seu queixo, forçando-a a erguer o rosto para mim. Passei o polegar pelo contorno macio de sua boca, estudando cada detalhe, sentindo a respiração curta que escapava dela.— Achei que só os machos podiam ser Lycans... — murmurou, a voz baixa, hesitante. — O livro não dizia nada...— Há muita coisa que não está registrada em livros, Fel. — Minha voz saiu gr