POV: HAPHELMeus dedos deslizaram até seus lábios, umedecendo-os com cuidado enquanto limpava o sangue no canto de sua boca. Prendi a respiração, hipnotizada por cada linha de seus traços, pela força bruta misturada à vulnerabilidade que ele escondia. A intensidade dele despertava em mim algo impossível de controlar.— Por que não enxerga quem eu realmente sou? — continuei roçando a ponta do meu nariz no dele, um gesto que me fez estremecer por dentro.— Me deixe te ajudar... — mordi a boca por dentro, afastando os fios de cabelo de seu rosto.De repente, sua mão quente e pesada se fechou com firmeza em meu punho. O choque percorreu meu corpo, e minha respiração falhou. Tremi quando encontrei seus olhos abertos, intensos, dourados, vibrando em amarelo como fogo vivo.— Aiden... — minha voz vacilou. — Você está bem?Sua outra mão agarrou minha nuca com força, puxando-me para um beijo voraz, desesperado, carregado de intensidade. O gosto metálico do sangue se misturava ao sabor quente e

POV: AIDEN— Você ainda está com febre e delirando. — Ela sussurrou, o rosto corado, lábios entreabertos, a respiração curta, quase traindo o quanto estava afetada. — Não sabe o que está dizendo. — São verdades. — Rosnei, sentindo o calor subir ao tocar sua pele. Minha mão subiu lentamente por suas costas, traçando a linha da coluna, firme, até a base de sua nuca, prendendo-a ali, possessivo, imponente. O aroma dela invadia meus sentidos, provocando um desejo primitivo e irresistível. — E você sabe disso... Raposinha. — Meu tom baixou, carregado de ameaça e promessa, cada sílaba queimando. — Você também sente... não minta para mim. “Chega de lutar contra isto, Belmont... eles não podem nos proibir de termos o que a Deusa nos destinou.” Lurak rugiu

POV: AIDENMinhas pupilas dilataram ao vê-la se entregar. Capturei seus lábios em um beijo feroz, reivindicando cada canto da sua boca, invadindo sem pedir permissão, saboreando cada gemido abafado. Desci lentamente pelo seu pescoço, espalhando beijos possessivos, marcando cada centímetro de sua pele quente como se fosse um território proibido para qualquer outro. Minha língua percorreu o ponto da minha marca, lambendo devagar, mordiscando e beijando com uma reverência que eu não oferecia a ninguém. Ela estremeceu, o corpo inteiro vibrando em resposta. Meu membro latejava, pulsando dolorosamente, pingando de desejo. Eu o pressionava contra sua entrada apertada, sentindo o calor delicioso que me aguardava, segurando-me no limite da sanidade. Ela era minha, e mesmo que cada fibra em mim quisesse romper sua resistência de uma vez, me forcei a conter. <

POV: AIDEN“O Supremo está jogando sujo de forma escancarada, não teme nossa fúria.” Lurak estalou a língua, a voz carregada de sarcasmo, salivando entre as presas. “E sabemos que o filhote dele é um psicopata descontrolado... lembra o que fez com aquela pobre garota? Ele não tem limites, e vai adorar rasgar a pequena raposinha.”Rosnei fundo, o som grave ecoando do meu peito. O simples pensamento me fez querer dilacerar o bastardo com minhas próprias mãos.— Já foi revelado qual será o primeiro jogo? — questionei, a voz fria e firme, voltando meu olhar para Soraya.Enquanto esperava a resposta, meus olhos se desviaram inevitavelmente para Haphel. Ela terminava de se arrumar, ajustando a roupa de forma nervosa. Seus dedos trêmulos prenderam os cabelos em um movimento rápido, e por um instante, hesitou ao pressionar o colar contra o pescoço.— Rouba bandeira. — rosnei, a voz carregada de desprezo.— Rouba bandeira? — Haphel arqueou a sobrancelha, se aproximando curiosa. O brilho provoc

POV: HAPHELHavia muitos Lupinos reunidos no centro de largada. A movimentação era caótica, cada respiração carregava tensão e violência contida. As pulseiras mágicas já marcavam as divisões de equipes com cores distintas e símbolos que brilhavam fracos contra a pele. O som dos estalos mágicos e dos rosnados preenchia o ar, pesado, sufocante. Todos os olhares se voltaram para mim. Não havia um único par de olhos que não estivesse cravado em minha direção. As linhas predatórias estavam expostas, as presas proeminentes, os músculos rígidos como se estivessem prontos para saltar. O coro baixo de rosnados crescia, como uma promessa de massacre. Senti o estômago revirar, meu corpo inteiro estremecer. O coração batia descompassado, forte demais, como se quisesse escapar pela garganta.