HannaO vampiro pulou em mim e rolamos, mas antes dele chegar ao meu pescoço, coloquei meu braço na frente. Ele mordeu, mas não teve sucesso, a roupa de couro me protegia.Estávamos sendo atacados, como esperado, minhas pernas estavam cansadas e meus pés fervendo. Elion mais olhava do que matava, sua única preocupação era Nyra.— Agora, Hanna! — Vron gritou mais uma vez.Puxei a adaga encaixada na minha perna e enfiei em seu coração, ele pulou e se afastou, mas não deixei que puxasse a adaga, aproveitei sua lentidão e pulei em cima dele. Puxei a adaga e o perfurei de novo, repetidas vezes, até que Vron me puxasse de cima dele e com um único golpe, cortasse sua cabeça.— Você progrediu — Vron disse ao guardar a espada.— Não é como se eu tivesse muitas opções, mas não terei sorte com um vampiro alimentado.— É uma verdade, esses vampiros famintos estão fracos, mas ainda conseguem capturar um humano. — Elion disse ao se aproximar.Levantei e limpei a adaga antes de encaixá-la dentro da

Oryan— Vai mesmo levar esse casamento adiante?— Sim, caso contrário não teria mandado o convite para minha mãe e Lucyan.— Não quero nem pensar em como será, enfim, espero voltar ao meu posto depois disso, com todo respeito, vossa alteza, não quero servir a rainha. — Dara levantou, mas ainda falou com proximidade. — Bem, acho que não tenho nada mais relevante para dizer, sinceramente, me sinto andando em círculos, nem mesmo conseguir descobrir algo sobre Hanna ou Vron.— Descanse por agora. Vou sair por um tempo.— Valkyra concordou?— Ela não teve muita escolha.— Boa sorte.Não precisava de sorte.Quando voltei a encontrar Valkyra, ela já tinha preparado tudo, incluindo os cavalos. Eu tinha pensado em fazer uma caminhada, mas Valkyra tinha seus planos que, certamente, não incluía sujar a barra das vestes no chão sujo de lama.— Sua serva não irá nos acompanhar? — perguntou-me.— Não há necessidade dela estar sempre presente.— Mas os servos são úteis em uma situação dessas, a cida

OryanSua mão tremeu levemente, mas logo sustentou o aperto firme.— Não acho sensato, Oryan. Hanabi não tem controle das próprias ações, ela está isolada por uma razão.— Eu posso ajudá-la se me permitir. Minha mãe era excelente em ensinar vampiros puros a manter o controle da sede e agressividade. Eu poderia inclusive enviá-la para o reino, para que treinasse.— Hanabi não é pura.— Zyon nunca me disse nada sobre isso.— O nascimento dela foi uma vergonha para nossa família, a mãe dela era uma humana, meu pai permitiu que aquela mulher engravidasse. — Por isso que ela se descontrola?— Não sei. Ela sempre foi agressiva. Ela costuma matar o humano na hora de se alimentar, é terrível de ver.— Mesmo assim, gostaria de ajudar.— Infelizmente, esse pedido terei que negar, Oryan. Me desculpe.— Tudo bem, mas pense a respeito. Hanabi não pode passar a eternidade presa.— Eu sei, talvez no futuro.— Tudo bem. — Puxei Valkyra e a abracei. Hanabi estava trancada em algum lugar daquele cast

HannaBebi mais vinho tentando esquecer todos esses pensamentos, agora teria que me conformar e pensar em outro plano, talvez se conseguisse chegar perto dele… Claro, eu ia tentar convencê-lo a não casar, e se ele dissesse que sim, iria pedir ao menos para me proteger, não queria morrer. A noite seguiu lenta, não consegui dormir e fiquei fazendo companhia para Vron. o vinho tinha acabado e pela hora, o efeito já estava quase passando. O fogo estava bem baixinho e era suficiente para aquecer, só não era bastante para aquecer meu peito e tirar aquela angústia. Eram tantos pensamentos que me sentia esgotada, estava ansiosa para vê-lo e encará-lo até que justificasse seus atos. Isso era tão tolo de minha parte, no fim não passo de uma serva.De repente Elion agarrou a espada e se levantou, mas já era tarde, o vulto saiu de trás de uma árvore e quando tirou seu capuz, meu batimentos aceleraram.Oryan estava ali na minha frente. Ele olhava apenas para mim, como se não houvesse nada ao re

Hanna— Serva. — Seu tom foi de aviso.— Serva o escambau! Finalmente me dei conta da bagunça. Eu estava cheia de terra e tinha folhas engatadas no meu cabelo. Minhas calças estavam emboladas em um pé e nem sabia onde estava a proteção, as roupas de cima estavam tortas e, entre minhas pernas… Ah… não importava. — Eu sou uma tola em cair nos seus encantos.— Hanna… — Ele levantou e segurou meu braço que, furiosamente, tentava arrumar minhas calças.— Não me chame pelo nome! No fim, eu não passo de uma serva que você conseguiu seduzir.— Isso de novo… Por que está tão zangada? Nós nem conversamos.— E do que adiantaria? Você vai casar com aquela bruxa. Como acha que estou me sentindo? Eu estou com raiva!— Vamos conversar direito, Hanna.— Já disse pra não me chamar assim. Me solte!Oryan me puxou pelos ombros e pressionou seus lábios nos meus. Eu não abri a boca de início, mas não resisti.Que ódio que eu tenho desse vampiro. Nem mesmo consigo resistir. O beijei na mesma medida, fort