Depois da conversa com Alana no dia anterior, Helena esta disposta a arriscar para ajudar Jonas e já tem o plano todo traçado em sua mente, só precisa ter paciência e esperar a hora certa, que não demora a chegar. Três dias se passam e ela quase não vê Jonas, mas entende seus motivos. É muita coisa para ele resolver sozinho e mesmo que Helena se ofereça para ajudar, Jonas não aceita, pois tem medo de um confronto entre ela e Maísa, já que mesmo separados, Maísa não deixa Jonas em paz nem um dia. Na sexta a noite Jonas manda mensagem convidando ela para ir com ele e as crianças no parque no centro da cidade. É verão e a noite esta linda, com o céu estrelado e uma brisa suave deixa tudo ainda mais gostoso. Ela não pensa duas vezes antes de aceitar, pega sua bolsa, chaves e saí. É a primeira vez que vai estar com as crianças e está ansiosa para conhece-los. Assim que chega no local combinado, vê Jonas sentado observando as crianças que correm de um lado para o outro, com uma energi

Quando a advogada chegou, Jonas já estava lá. Ele havia chegado mais cedo para repassar os detalhes do que aconteceu. Dito não se meteu, ficou o tempo todo em silêncio, apenas observando. Depois da advogada chegar, eles começaram a preparar os depoimentos e os papéis que seriam necessários. O pai de Maísa havia ligado para Jonas naquela manhã e contado que ela estava proibida de chegar perto de Jonas, Helena e das crianças. Jonas já havia feito todo o trâmite para pedir medida protetiva na noite em que tudo aconteceu. Havia muita gente no local, então foi fácil arrumar testemunhas. Dona Lúcia foi a primeira a dar seu depoimento e, por ser vizinha da mãe de Jonas, ela já havia presenciado alguns ataques de raiva de Maísa, o que deixou tudo ainda mais crível. Depois de terminarem tudo, eles foram dar seus depoimentos e lá Helena descobre que Maísa ainda estava presa, pois já havia agredido outra pessoa antes, o que tirou seu réu primário. Helena não sabia se ficava com pena de Ma

Depois da conversa que teve com Norma e do almoço em família, Helena se sentia mais segura, como se agora nada pudesse impedi-la de conquistar tudo o que quisesse.Pensando que era hora de estar mais presente na vida de Jonas, ela resolveu convidá-lo para almoçar em sua casa junto com as crianças. Ele aceitou e, no decorrer dos dias, Helena contou com a ajuda de Alana para fazer compras, preparar a casa e contratar funcionárias.Helena sempre gostou de luxo, então sua casa parecia mais uma mansão do que uma casa de cidade pequena. Apesar de não ter dois andares, coisa que ela achava desnecessária, já que morava sozinha e as funcionárias moravam na cidade, a casa não deixava de ser enorme.Na parte de trás havia a área de festas e duas piscinas, uma para adultos e outra para crianças. Como havia muitas crianças pequenas na família e elas a visitavam com frequência, ela decidiu construir duas brinquedotecas: uma grande dentro da casa e outra menor na área de festas, o que facilitava par

Helena chega à casa de Norma com um leve sorriso para disfarçar os olhos vermelhos. - Bênção, vó! - Deus te abençoe, minha Nega! Norma abraça Helena com um sorriso no rosto, mas ele se dissipa ao perceber os olhos vermelhos da neta. -O que aconteceu? Norma pergunta, soltando o abraço. - Vó... Preciso muito conversar com a senhora. Só você pode me ajudar agora, só a senhora pode me dizer o que fazer! Helena fala com a voz abafada, tentando segurar o choro. - É Jonas, não é? Helena coloca a mão na boca, tentando conter um soluço. Norma a acompanha até a sala de visitas, depois vai até a cozinha e pede para trazerem uma jarra de água bem gelada. - Fala, meu bem, o que aconteceu? - Vovó, descobri que Jonas mentiu pra mim... - Sobre o quê, meu bem? Helena conta tudo o que descobriu, incluindo o que Alana viu naquela manhã. Norma ouve atentamente e, quando Helena termina, respira fundo e serve um copo de água, que Helena bebe com vontade. - Disso tudo, o que mais

Helena sentiu o carro parar na frente da antiga casa da avó com um misto de hesitação e alívio. A fachada conservada, cercada de árvores, parecia mais acolhedora do que nunca. Fazia dias que não se permitia sair de casa e ao fazer isso, percebeu o quanto sentia falta de ver gente, de sentir o vento no rosto, de viver. - Chegamos... Disse para si mesma enquanto abria a porta do carro. Ela respirou fundo, ajeitando a bolsa no ombro antes de descer. A porta se abre no segundo toque da companhia e Norma a recebe com um sorriso no rosto e um abraço caloroso. - Olá, minha neta. Quanto tempo você não vem me ver! Disse Norma, com a alegria brilhando em seus olhos. - Muito tempo, vó. É bom estar com a senhora de novo. respondeu Helena, apertando mais o abraço na velha senhora. Dentro da casa, o aroma de ervas frescas e pão recém-assado preencheu o ar. Norma, como sempre, parecia comandar o espaço com naturalidade. O jantar foi leve: uma sopa de legumes com pão integral, acompa