CAPÍTULO 28 LAVÍNIA NARRANDO O carro preto subia devagar pela principal do morro, ladeado por motos, fogos e gritos. Do banco de trás, eu via tudo pela janela semiabaixada. Gente nas lajes, nas portas, nas vielas. As crianças acenando, os mais velhos batendo palmas. Fogos estouravam no céu, estourando junto com meu coração. RB segurava minha mão com força, os olhos escondidos por um óculos escuro, mas o sorriso... ah, o sorriso dele dizia tudo. — Tão te esperando, patroa — disse ele, virando levemente o rosto. — Você viu isso? murmurei, emocionada. — Tô vendo o que sempre soube que ia acontecer. Você nasceu pra ser respeitada. O carro parou em frente à entrada principal da mansão. A multidão se aproximou, gritando, vibrando, jogando pétalas de rosas misturadas com confetes no capô. Quando descemos, RB foi o primeiro a aparecer. Elegante num terno cinza escuro alinhado, corrente de ouro no pescoço e aquele ar de chefe que fazia qualquer um recuar. Assim que ele surgiu, foi uma
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