Violeta No final da tarde do dia seguinte, as nossas coisas estavam sendo levadas pelos seguranças. Alicia sorria com soberba e lançava olhares mortais para minha irmã. Manu, por sua vez, estava ansiosa para entrar no carro. Seja o que for que tenha acontecido entre ela e o irmão de Ítalo, não terminou bem. Olhei para o lado e vi a Sra. Lombardi se despedindo da minha mãe, em meio a sussurros. Elas tinham segredos, isso eu percebia, mas não comentava. Depois da frustração que ela e papai nos fizeram passar, escondendo coisas tão perigosas, eu não queria ficar no meio dos seus segredos. Era evidente que mamãe tinha um fascínio pelo dinheiro da máfia. Às vezes, ela parecia se esquecer de que havíamos caído, literalmente. Eu não podia ignorar o fato de que estávamos agora nos envolvendo com pessoas cujos negócios eram tudo menos legítimos. Fomos acomodadas no carro, minha mãe, minha irmã Manu e eu. Ítalo estava à frente, em outro veículo, enquanto Pietro dormia tranquilamente

Violeta No dia seguinte, o relógio marcava exatamente 7 horas da manhã quando todos já estavam reunidos na cozinha, prontos para receber as ordens da governanta Olga. Pietro estava no meu colo, ainda não havia me dado conta que aqui não teria ninguém para cuidar dele, isto precisava ser resolvido com urgência. — Você mocinha ficará com a sua mãe na organização da casa, Fabiana vai te ensinar tudo o que precisa e você, — anunciou Olga, apontando para mim. — Vai ficar comigo por hora, era cozinheira na antiga família, mas na cozinha, temos quatro cozinheiras, e eu preciso de uma assistente ao meu lado. — Olhei para mamãe e não vi surpresa ali, ela não brincou quando disse para investir pesado na sedução contra Ítalo, com certeza após ontem a noite achou que fizemos maravilhas. Contei por cima o que conversamos, reforçando o quanto ele se acha dono do mundo, e omitindo o quanto pulsei a noite toda por ele, mesmo que tenha me proporcionado um momento como aquele. As suas palavra

Violeta Saber que Ítalo tinha amantes espalhadas pela mansão fez com que o meu sono não viesse. Eu não o amava, era apenas atração, e ele era apenas o pai do meu filho. Mas eu estava disposta a arriscar no plano de mamãe para seduzi-lo. No entanto, como fazer isso quando eu sequer tinha habilidade para tal feito? Passei a noite em claro ao lado de Pietro, ouvindo os seus pequenos resmungos. Na manhã seguinte, deixei o meu pequeno na creche, com a ajuda do GPS, pois era perto, cerca de 7 minutos a pé. Antes de deixá-lo, dei um beijo na sua testa. Hoje, ele chorou um pouco, e me senti mal por não ter perguntado ao segurança como ele estava ontem, mas com toda a correria com Olga, mal tive tempo de respirar. Hoje consegui conversar um pouco com a professora, que me assegurou que ele estava bem. Eu sabia que sim. Ali, éramos todos filhos da máfia, fossem subordinados ou da alta casta. Era evidente que era uma escola grande, e ali estudavam tantas famílias grandes como pequenas,

Violeta Volto atordoada para dentro de casa, com o coração acelerado e pensamentos tumultuados. Ítalo mexeu com todos os meus sentimentos, minhas certezas, e agora estou aqui, tentando juntar os cacos do meu orgulho ferido. Encaminho-me para a cozinha, onde a água da torneira é a única coisa que consigo pensar em consumir naquele momento. A vontade de lhe dar uma bofetada é quase irresistível, mas engulo o meu orgulho e qualquer sentimento que possa me atingir. As cozinheiras estão ocupadas com as suas tarefas e, por sorte, parecem alheias ao que acontece dentro de mim. Agradeço por isso, pois não estou pronta para compartilhar o meu turbilhão de emoções com ninguém. Em seguida, avisto a minha mãe vindo na minha direção, e a voz dela quebra o silêncio tenso. — Onde você estava, Olga estava lhe procurando? — ela pergunta, a sua voz soando preocupada e repreensiva ao mesmo tempo. — Me perdi no vinhedo — respondo, decidindo contar apenas metade da verdade. A verdade completa

Ítalo Aquele agente miserável estava na minha cola há um bom tempo. Ele começou a me perseguir assim que assumi as responsabilidades do meu pai na famiglia. Estava na hora de lembrá-lo com quem ele estava lidando. O pai de Violeta sabia demais, e ele era uma peça a ser descartada também. Agora, mais do que nunca, precisava mantê-la por perto. Ela faria o que eu quisesse, mesmo que isso significasse me abster de tê-la na cama. As responsabilidades da máfia gritavam mais alto do que um belo par de pernas. Naquela noite, tínhamos um jantar de negócios com o general de divisão e dois coronéis militares. Eles providenciariam homens para reforçar a proteção da minha casa. Os meus sogros viriam com o seu pequeno exército. Mesmo casando a sua filha comigo, Vadim Borris sabia que estava pisando em território inimigo, especialmente quando recusei veementemente ir até ele. Caminhei para a sala ouvindo as vozes de Olga dando ordens junto à Violeta, que cumprimentava timidamente os conv