No fim daquela semana, Daniel marcou um jantar para discutir o progresso de Sabrina. Não era comum ele fazer isso — abrir espaço na agenda apenas para conversar sobre emoções e vínculos —, mas Alice já começava a perceber que, quando ele se importava, fazia questão de demonstrar.Ela chegou ao salão menor da mansão com um vestido discreto, mas elegante, escolhido com cuidado. Sabrina havia ajudado, opinando com entusiasmo incomum. Era curioso vê-la tão envolvida — como se, de algum modo, a presença de Alice despertasse nela um desejo adormecido de conexão verdadeira.Daniel já a esperava, sentado à cabeceira da mesa com uma garrafa de vinho aberta e duas taças. Quando a viu, levantou-se imediatamente.“Boa noite,” disse, sorrindo.“Boa noite,” respondeu Alice, tentando não se sentir deslocada.O jantar começou com conversas leves: escola de Sabrina, suas reações nas últimas saídas, o progresso nas aulas de piano. Mas, aos poucos, o tom mudou.“Ela confia em você,” Daniel disse, após u
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