Amara PovAndo devagar pelo corredor até a ala de feitiços. Está quase na hora do meu encontro com a rainha Aria, e a perspectiva de conversar com ela sobre meu casamento com Thorne faz meu estômago se contrair, uma mistura de esperança e medo que parece travar uma batalha dentro de mim. Não posso deixar meu país desapontado, a pressão das expectativas de um reino inteiro pesa sobre meus ombros como uma capa de chumbo, e sinto cada passo como um esforço para manter a compostura, para não ceder ao turbilhão de emoções que ameaça me engolir. Meu peito aperta com a responsabilidade de garantir que esse casamento aconteça, que a aliança entre nossos povos se fortaleça, mas também com a dúvida que sussurra em minha mente: será que estou fazendo a coisa certa?Assim que viro a esquina do corredor, meus olhos captam a presença da rainha Aria alguns passos à frente, sua figura elegante destacada contra a luz suave que ilumina o corredor. Ela está conversando com a conselheira Kim, suas vozes

Thorne PovA sala de magia formiga minha pele, uma energia antiga e pulsante que parece dançar ao meu redor, quase ativando meus próprios poderes, como se a própria essência do lugar estivesse tentando despertar algo dentro de mim. Meu coração bate descompassado, cada batida ecoando com uma ansiedade que me consome, enquanto minha mente é assolada por imagens dos piores cenários envolvendo Auriel e Darius.Vejo-os perdidos, feridos ou pior, e o medo aperta meu peito como uma garra invisível, fazendo minha respiração ficar curta e irregular. Sinto o suor frio escorrer pela minha nuca, misturando-se ao calor que emana do meu corpo, e meus dedos tremem, cerrados em punhos, enquanto tento conter o pânico que ameaça me engolir.“Você tem certeza disso, meu querido?” Minha mãe pergunta, sua voz carregada de uma preocupação maternal. “Ela pode estar em algum lugar ainda no castelo.” Ela sugere, e vejo a esperança em seus olhos, mas também a dúvida, uma sombra que reflete a minha própria inqu

Thorne Pov “Príncipe Thorne, chegou isso para o senhor,” um funcionário surge na porta da sala de segurança, suas mãos segurando um pacote pequeno, embrulhado em papel pardo, a superfície áspera sob a luz fraca das telas de monitoramento.Estou sentado em uma cadeira desconfortável, os olhos ardendo de tanto analisar as filmagens granuladas de ontem à noite, cada quadro uma busca desesperada por qualquer pista de Auriel e Darius.Meu coração pesa no peito, cada batida um lembrete das quase vinte e quatro horas que se passaram desde que eles sumiram, um vazio que parece crescer a cada segundo. A exaustão aperta meus ombros, meus músculos ainda doloridos do treinamento, mas é o medo, um medo visceral e cortante, que domina minha mente, imaginando os piores cenários, cada um mais sombrio que o outro.Amara tentou todos os feitiços de rastreamento imagináveis, com a ajuda da minha irmã Elowen enquanto eu saía, frustrado, para liderar a busca na cidade com Alex. Percorremos restaurantes,

Thorne Pov O silêncio que segue é mortal, sufocante, e sinto meu coração disparar, cada segundo de incerteza amplificando o caos em minha mente.“Pessoal, discutir essas coisas não vai ajudar em nada,” Alex interrompe, sua voz tentando trazer clareza, e sinto uma gratidão frágil por sua intervenção, mas também uma frustração por não ter respostas.“É, você tem razão, Alex,” respondo, contrariado, minha voz carregada de uma amargura que não consigo esconder. “Eu mesmo resolvo isso se for necessário.”Dou meia volta para sair do quarto, entretanto meu pai me segura pelo braço.“Você não vai libertar aqueles homens, Thorne!” ele ordena com autoridade de um rei alfa.O uso do seu poder de alfa penetra a minha pele como agulhas e eu sinto minha raiva crescer. Ele está me subjugando a sua vontade.“Como ousa?” rebato, desvencilhando-me de sua mão, o movimento brusco enviando uma onda de dor pelos meus músculos. “Você vai dar volta de alfa em mim? No seu próprio filho?” Minha voz é um rosna

Elowen Pov Esfrego os olhos cansados, a exaustão pesando como chumbo em minhas pálpebras, as páginas do grimório em meu colo começando a se embaralhar em minha visão, as letras antigas dançando e se misturando como se zombassem da minha incapacidade de encontrar respostas. O peso do livro contra minhas pernas é um lembrete constante da minha frustração, e sinto meu coração apertar, uma mistura de cansaço físico e uma angústia profunda que parece corroer minha alma. Repouso o grimório com cuidado, tentando focar na voz de Thorne, meu irmão gêmeo, mas minha mente está enevoada, cada palavra dele lutando para atravessar o véu de sono que ameaça me engolir.“Espera, você quer invadir a pris&atild