Ela... Na segunda-feira, levantei descansada, o final de semana tranquilo trouxe um pouco do vigor que eu precisava. Klaus não havia voltado. Tomei meu café da manhã, enquanto conversava com Clarice que me servia com muito carinho e depois de acabar, sai com minha equipe de segurança a tira colo. Não era a melhor sensação, mas era a melhor opção dada as circunstâncias. Ao entrar no prédio da Baker and Baker naquela manhã, percebi que a atmosfera estava diferente. Havia olhares demais sobre mim. Sussurros. Movimentações estranhas. “Eles sabem que as coisas estão mudando por aqui”Respirei fundo e segui para minha sala, mas antes que pudesse chegar, Lúcio apareceu ao meu lado, com aquele sorriso amigável de sempre. — Dormiu bem? — perguntou. Apenas o encarei. — Sabe que não — menti, pois eu estava tentando encontrar respostas e manter o sinal de alerta ligado era preciso. Ele soltou um suspi

Ela…A noite estava densa e inabalável, e a chuva caía em finíssimas gotas que transformavam o asfalto num espelho escorregadio, refletindo os lampejos dos farois e os meus próprios medos. Eu estava no carro, com o coração disparado e as mãos quase coladas ao volante. Cada batida do meu coração parecia ecoar como um trovão no silêncio da madrugada. Tudo o que eu vivi na Baker and Baker, o pavor de ser observada, o sentimento de que meus passos eram seguidos – tudo isso agora se transformava em um alerta inescapável: alguém não queria que eu continuasse… viva.Num impulso desesperado, enquanto o carro permanecia imóvel após o incidente que quase me custou a vida, meus dedos trêmulos alcançaram um telefone de emergência que encontrara no porta-luvas. Com a mão suada, digitei o número de Klaus, ansiando por ouvir sua voz reconfortante. Cada segundo de silêncio na linha me fazia pensar em como tudo se tornara um jogo mortal, onde cada movimento meu

Ela…Ao voltar para o quarto, senti que precisava conversar com Clarice sobre o ocorrido. Ela me olhou com a calma de quem já havia visto muitas crises, mas também com uma pitada de preocupação genuína.Não iria deixar minha governanta de fora do que estava acontecendo, Clarice era alguém em que poderia confiar em uma situação de urgência que pudesse surgir.Eu precisava que ela também ficasse ainda mais atenta e com isso, mostrei os relatórios, aos quais ela saiu lendo assim que os coloquei em sua frente. Clarice, tinha um vasto conhecimento técnico em campo de batalha, trabalhou por anos como enfermeira, chegando a patente de capitã. Quando a conheci, fiquei surpreso por ela estar trabalhando como governanta, mas ela me disse em poucas palavras, que a “guerra precisava ser suavizada com dias em família” e assim, não precisei mais de detalhes. — Senhor, há algo estranho. O atentado com o carro não foi um acidente – foi planejado. E esses números… Tud

Ela…O ambiente, normalmente repleto de formalidade e discursos frios, se transformou num santuário particular onde só existiam… nós dois. O beijo de Klaus foi urgente e carregado de uma paixão cheia de lasciva.Por um instante, tudo o que me cercava desapareceu – os relatórios, os gráficos, as obrigações que nos prendiam ao mundo dos negócios. Eu senti, na intensidade daquele beijo, toda a preocupação, a insegurança e o medo que ele carregava. Em cada toque, havia um pedido silencioso de proteção, uma súplica para que eu me deixasse ser cuidada.Eu precisava dele. Precisava sentir sua presença, sua força, aquele calor reconfortante que só ele era capaz de transmitir. Seus lábios, firmes e ao mesmo tempo tão delicados, exploravam os meus com uma intensidade que fazia meu coração bater mais rápido. Foi como se cada gesto dele dissesse: “Estou aqui, não vou te deixar cair” E, sem nem pensar, eu me deixei levar por aquele êxtase, entregando-me

Ela… Os dias seguintes se passaram sem grandes surpresas, pelo menos do ponto de vista das investigações e das ameaças. A rotina se estabeleceu, mesmo que o peso dos segredos e das conspirações ainda pairasse no ar. Klaus, sempre firme e determinado, demonstrava uma preocupação constante comigo, mas também uma força silenciosa que me fazia sentir protegida. E assim, numa tentativa de oferecer um respiro à nossa rotina conturbada, Gregori me convidou para jantar em um restaurante nas montanhas – um lugar belo, isolado e que prometia uma noite de paz e boas conversas. A viagem até lá foi repleta de paisagens encantadoras: vales verdes, picos distantes e o ar fresco da montanha parecia lavar, por um breve momento, todas as nossas preocupações. Gregori estava tranquilo, pouquíssimas vezes o vi assim. Ele colocou uma playlist para tocar e deixamos com que ela foss