Yanika acordou naquela manhã com o peso do mundo sobre os ombros. O apartamento, iluminado pelo sol tímido que atravessava as janelas da sala, parecia mais frio do que nunca. No quarto, o cheiro de Mike ainda persistia nos lençóis, como um lembrete cruel do que já fora, do que poderia ter sido.O telefone vibrou, mostrando a ausência do nome dele. Mais uma mensagem: "Você precisa aceitar seu lugar." Era Younha. Um sorriso amargo cruzou os lábios de Yanika. Ela bloqueou o número, mas sabia que aquela batalha era apenas o começo.Vestiu-se rapidamente e se preparou para o dia, sabendo que os gêmeos precisavam dela, mesmo que seu coração estivesse partido. No caminho para a creche, os olhares da diretora a perfuravam, sussurros que Yanika não podia ouvir, mas sentia na pele. Younha tinha plantado dúvidas ali, destruído sua reputação como mãe e babá.Ao deixar as crianças, uma senhora se aproximou, com um sorriso condescendente:— Ouvi dizer que o marido voltou para a esposa, querida. Dev

O apartamento estava sufocante naquela manhã cinzenta. Yanika sentia o peso da ausência de Mike, desde que ele partiu para Alemanha, é como se ele tivesse dado liberdade para a Younha fazer o que ela bem entender, como uma sombra que se estendia sobre cada cômodo, cada silêncio. Os gêmeos, Sae e Minho, que antes corriam para seus braços com sorrisos deslumbrados, agora pareciam distantes, desconfiados, como se a presença dela lhes causasse confusão, ela sabia o que a younha e o Aarow estavam tentando fazer, mas ela precisava ser forte, mesmo sabendo que ela era fraca, mas como dizem a força pode surgir de várias maneiras, e ela buscaria pelo bem daqueles que ela mais ama.No ar, a tensão parecia quase palpável. Younha e Aarow, juntos, exerciam uma pressão crescente, eles faziam a dulpa perfeita, dois sem escrúpulos, o destino descidiu pregar uma peça para yaya, já que ele teve que acordar justamente quando ela estava mais fragil? Aarow e younha decidiram unir forças contra mim, e cons

(Ponto de vista de Mike) O cheiro da Alemanha ainda grudava em suas roupas, mas Mike nunca esteve realmente lá por inteiro. O corpo, sim, mas a mente... essa permaneceu com ela. Desde o momento em que embarcou, sabia que deixava Yanika cercada por predadores. Era parte do plano. Um teste. Uma armadilha. E uma provocação. Ela precisava entender que ninguém a protegeria como ele. E eles — Younha e Aarow — precisavam acreditar que estavam no controle. Só assim baixariam a guarda o suficiente para que ele pudesse arrancar a cabeça de ambos, sem fazer perguntas. Nos primeiros dias, Mike acompanhou tudo à distância. Tinha seus homens, suas câmeras, seus olhos. Viu os gritos, os insultos. Viu o tapa. Viu Yanika desabar no banheiro e chorar silenciosamente para não acordar os bebês. Viu Sae e Minho, confusos, começando a rejeitá-la. E por mais que a besta dentro dele gritasse para voltar... ele não voltou. Ainda não. Ele anotava tudo. Cada gesto da Younha. Cada aproximação do Aarow. Qu

O sol entrava pelas janelas altas da mansão Volkhov, inundando a sala com uma luz dourada. Yanika estava sentada à mesa de mármore, organizando algumas anotações que Helga havia lhe passado para ajudar a planejar a temporada dos gêmeos na Alemanha. Helga, impecável como sempre, servia chá com um movimento elegante e automático, como se cada gesto fosse calculado. Nos últimos meses, a relação entre as duas tinha mudado completamente. Helga, que no início a olhava com frieza e uma cautela quase aristocrática, agora a tratava como parte da família. E não era apenas por cortesia — havia ali um respeito silencioso. Yanika lembrava bem de quando essa mudança começou. Tudo se deu em pequenos gestos: uma xícara de chá deixada na sua frente sem que fosse pedido, um comentário sobre um vestido que “ficava bem nela”, uma pergunta sobre como estava se sentindo. A virada definitiva veio num almoço, pouco antes de Helga viajar com os bebês. — Você tem uma força que não se ensina — disse Helg

Viver uma vida normal nunca foi algo que eu desejava almejar. Desde cedo, minha rotina foi monótona: casa, escola, escola, casa. As mesmas ruas, os mesmos rostos, as mesmas conversas. As amizades que eu mantinha giravam sempre em torno do mesmo objetivo — conhecer um alfa, me casar, construir aquela vida “perfeita” que todo mundo dizia ser o auge para uma ômega. Sempre foi assim. Até que… tudo o que eu sonhava se transformou num verdadeiro pesadelo. As amizades viraram armadilhas silenciosas, cheias de inveja, competição e veneno disfarçado de preocupação. Os mares de amor que eu idealizava se tornaram águas turvas, geladas, capazes de afogar qualquer pedaço de esperança. Posso afirmar com toda a certeza: foram os piores dias da minha vida. No começo, eu ainda tentava manter o sorriso. Fingir que estava tudo bem era mais fácil do que encarar a verdade. Mas por dentro… eu estava em frangalhos. Lembro-me de noites em que me deitava e encarava o teto por horas, com o coração acelerado