Na manhã seguinte, Kate acordou cedo, foi para o corredor, ajoelhou-se diante das suas coisas e recolheu o essencial. Entre lágrimas, pegou as roupas que usaria por uma semana e desceu para o quarto de Lucca para ver Ara, que estava se sentindo mal devido à gravidez.—Kate! O que foram aqueles gritos ontem à noite?—Calma, não é nada, o amor simplesmente não dura para sempre. Você tem uma mala?—Você vai embora?—Não posso ficar em um lugar onde não sou querida.—Mas Bastien te adora.—Não, já não, agora eu o enjoei.—Kate, o que está acontecendo?—Ele acha que eu o traí, e se ele pensa isso de mim, não tenho motivo para ficar aqui.—Mas Kate, a loja...—Vocês podem cuidar dela; agora eu quero ir embora, longe, não quero vê-lo.—Tudo bem, pega isso — Ara pegou uma mala do armário e entregou a ela.—Obrigada — Ara abraçou Kate com força ——Vou sentir sua falta.—E eu a sua. Não conte nada para as meninas; não quero que elas atrasem a viagem nem que a loja acabe.—Certo.Kate subiu as e

Já havia passado um mês. Kate estava desenhando, sentada em seu alpendre, quando recebeu uma mensagem. Era Lucca:Kate, a Ara está no hospital. Meu bebê está em perigo. Ela pediu que eu te avisasse.Kate se levantou, um arrepio percorreu suas costas. Chamou um táxi enquanto arrumava algumas roupas para viajar. Quando o táxi chegou, ela subiu com sua bolsinha e foi para a cidade.Ao chegar, foi ao pequeno apartamento que havia alugado perto do hospital onde Ara estava. Deixou sua bolsa e saiu rapidamente. Ao entrar na sala de espera, viu Lucca andando de um lado para o outro.—Lucca —disse ao se aproximar. Ele a abraçou com força.—O que aconteceu? Como está a Ara?—Não sei. Ela começou a sangrar e estou com medo de perder meu bebê. A Ara está fraca, vomitando muito… tenho medo de que algo ruim aconteça com os dois.—Calma. Vai dar tudo certo.Nesse momento, a médica saiu do centro cirúrgico. Lucca estava pálido.—Doutora, como está minha família?—A senhora está fora de perigo. Foi um

Caminhando até o supermercado, Bastien ligou para Lucca.—Chefe.—O que o médico disse?—Que a Ara está fora de perigo há dias. Não podem mais nos manter aqui, e ela receberá alta—como deveria ter acontecido há dois dias.—Não.—Bastien, a Ara está bem. Não vão mantê-la internada.—Sim. Pague o médico. Preciso que a Ara fique pelo menos mais quatro dias. Se a alta sai, Kate vai embora.—Tudo bem. Vou fazer o possível.—Obrigado.Bastien sorriu, comprou o necessário, voltou ao apartamento… e não viu Kate.—Kate? —foi ao quarto— —Kate? —Nada. Ouvira a porta do banheiro abrir: Kate saiu enrolada em uma toalha.—O que você está fazendo aqui? Sai do meu quarto!—Só queria saber se você está bem. Acabei de chegar. Vou cozinhar.Antes que Kate respondesse, Bastien saiu —ela ficou irritada.Na cozinha, o aroma de comida caseira invadiu o apartamento. Kate, com um livro de maternidade na mão, não resistiu. Seguindo o cheiro até a sala, viu Bastien, com mangas arregaçadas e avental, concentrado

Kate foi se trocar enquanto Bastien arrumava tudo. Ele preparou alguns sanduíches para Kate e colocou dois pedaços de bolo em pequenas travessas. Fez suco de laranja recém espremido e encheu uma pequena garrafa. Quando Kate saiu, Bastien já tinha tudo pronto —“Kate…”“Estou pronta.”“Aqui, é suco de laranja, beba, vai fazer bem para nossa pequena.”“Obrigada, Bastien.” Kate bebeu, e Bastien pegou a bolsa com a comida —“O que é isso?”“Uns sanduíches para o caso de você sentir fome na clínica e dois pedacinhos de bolo para compartilhar com a Ara.”“Obrigada.” Eles saíram para a clínica. Bastien ofereceu o braço para Kate se apoiar. Caminharam devagar para não causar contrações —“Você não quer que eu te carregue?”“Não, estou bem, fica tranquilo.” Ao chegarem no quarto da Ara, Bastien colocou a bolsa no móvel e cumprimentou Ara —“Eu vou indo, Kate, por favor me avise quando sair para que eu possa te buscar.”“Onde você vai?”“Não quero te incomodar mais do que já incomodei. Vou trab

Na manhã seguinte, Bastien se levantou antes que Kate acordasse. Preparou o café da manhã, os sanduíches para o dia, colocou frutas e tudo o que Kate pudesse precisar. Kate acordou abraçada ao travesseiro; a cama parecia fria sem Bastien. Levantou-se, colocou um vestido e sandálias baixas. Sentiu o cheiro do café da manhã e o bebê começou a se mexer. Kate sorriu e acariciou a barriga.—Você também gosta da comida do papai, né? —Kate saiu e Bastien estava terminando de arrumar a mesa. Ao vê-la, caminhou até ela e segurou seu braço.——Como você está se sentindo hoje?—Bem, obrigada.—Deixei o café servido, vou te deixar comer tranquila e vou tomar um banho. —Kate assentiu e começou a comer o que Bastien tinha preparado. Ele deixou uma tigela de aveia cozida com canela e açúcar, com frutas secas e maçã ralada. Ela provou; estava deliciosa. Nunca tinha comido antes, mas adorou. Kate terminou de comer e Bastien não voltava. Ela se levantou e foi até o quarto; Bastien estava terminando de a