Capítulo 12 – Tempestade em SilêncioPonto de Vista: Helena DuarteNa porta do meu apartamento, tudo o que restava de mim era o orgulho.O vestido vermelho ainda colava ao corpo, como um lembrete incômodo da noite que deveria ter sido mágica. Mas, ao invés disso, fui apresentada ao fantasma que Dante jurou ter enterrado.Literalmente.Joguei os sapatos longe, tirei o brinco com raiva e me joguei no sofá. O celular vibrava, insistente. Dante. De novo.Desliguei.Se ele achava que podia administrar minha vida como uma de suas empresas, estava redondamente enganado. Helena Duarte também sabia dar prejuízo.— “A Beatriz” voltou — murmurei para mim mesma, incrédula.Pior do que vê-la viva, linda e debochada, foi a forma como Dante congelou. Ele não sabia disfarçar — nem a dor, nem o medo. Isso me doía. Como se, de repente, eu fosse só um substituto. Um desvio de rota até a ex decidir ressurgir das cinzas com um salto 12.Eu não queria chorar. Mas chorei. Baixo, com raiva. Porque me apaixon
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