O café da manhã do dia seguinte ao workshop tinha um gosto agridoce. Isabela ainda estava no estado de contemplação, tentando processar a experiência. Nunca imaginara que, ao se colocar na frente de tantas mulheres, compartilhando suas vulnerabilidades e seus desafios, estaria criando algo tão profundo. Quando entrou no escritório, as mensagens começaram a aparecer. A maioria era de agradecimento, algumas mais emocionadas que outras. Mas foi uma em particular que a fez parar. “Oi, Isabela. Eu sou a Marina, estagiária da área de TI. Estava no seu workshop ontem e, depois de ouvir você, não consegui parar de chorar. Eu estava pensando que não tinha lugar aqui. Você me fez ver que meu caminho pode ser diferente. Eu só queria agradecer.” Isabela ficou imóvel por um instante. As palavras atravessaram seu peito como uma flecha bem colocada. Às vezes, ela se perguntava se realmente fazia diferença no trabalho. Se sua trajetória tinha algo relevante para ser ouvido. O que ela não imaginava