O silêncio que se seguiu à confissão de Ethan na biblioteca não era um vazio, mas um espaço preenchido pela intensidade avassaladora de suas palavras. O tempo parecia ter se estendido, as horas e os minutos dissolvidos em um instante eterno, enquanto Mary processava a magnitude do que acabara de ouvir. As camadas de segredos, a frieza inicial do contrato, a dor de seu passado, tudo se desdobrava diante dela, revelando um Ethan que era infinitamente mais complexo e vulnerável do que ela jamais imaginara. A mão dele, ainda sobre a sua, irradiava um calor que a ancorava naquele momento, impedindo-a de se perder no turbilhão de emoções.O olhar de Ethan, fixo no dela, era um misto de esperança e resignação, de um homem que havia arriscado tudo ao baixar sua guarda e agora aguardava o veredicto. Mary podia sentir a vulnerabilidade dele, a exposição que ele havia permitido, e isso a tocou de uma forma profunda. Não era mais o bilionário distante e calculista, mas um ser humano ferido, busca
Ler mais