A tensão estava em seu auge. Eu podia sentir as sombras à minha volta, como uma presença opressiva, tentando envolver tudo em sua escuridão. O ar estava carregado, pesado com a ameaça iminente. Cada respiração que eu tomava parecia mais difícil que a anterior, como se o próprio mundo estivesse tentando me sufocar. Eu olhei para os meus Alfas, que estavam ao meu redor, suas expressões sérias, mas também resolutas. Eles sabiam que não podíamos mais recuar. O portal estava diante de nós, e a batalha final se aproximava rapidamente.Eu levantei minhas mãos mais uma vez, sentindo a energia que pulava em minhas veias, uma força tão antiga quanto o próprio universo. A chave era minha, e se eu não agisse agora, tudo o que conhecíamos seria consumido pelas trevas. Eu não tinha escolha, mas ainda havia uma parte de mim que se questionava se estava realmente pronta para controlar o poder que eu carregava dentro de mim. Mas a confiança que eu via nos olhos de Zane, Theo e Damian me deu a coragem

O amanhecer chegou suave, com a luz dourada invadindo a cabana onde eu e os Alfas agora nos refugiávamos. A tranquilidade que o novo dia oferecia era quase surreal, como se a noite passada, cheia de terror e magia, tivesse sido um pesadelo distante. Porém, ao acordar, a sensação de exaustão ainda permanecia comigo, como um peso indesejado, um lembrete de que o preço da vitória não seria fácil de pagar.Eu me levantei lentamente, os músculos ainda doloridos, minha mente turva pela lembrança da batalha. A magia que eu havia usado para fechar o portal deixara marcas profundas em meu corpo, e embora eu estivesse entre os meus protetores, essa sensação de vulnerabilidade me incomodava. O que mais estaria à espreita no escuro, esperando para atacar?Theo foi o primeiro a perceber que eu estava acordada. Ele entrou no pequeno espaço da sala, trazendo consigo uma xícara de chá fumegante. Seu sorriso suave, como sempre, foi o que me recebeu.— Bom dia. — Ele disse, sua voz carregada de uma ter

O silêncio da biblioteca era esmagador. Cada estante repleta de pergaminhos e livros antigos parecia guardar um peso ancestral, como se todas as palavras e segredos ali contidos tivessem o poder de alterar o curso da história. Quando Ângela se aproximou do Grimório de Aether, eu senti a mudança na atmosfera. Algo na maneira como ela se aproximou do livro me dizia que ela estava mais conectada com aquilo do que imaginava.Eu já sabia o que aquelas palavras significavam. O Grimório de Aether era um dos tomos mais poderosos e proibidos da magia antiga. Escrito por magos que ousaram desafiar as leis do universo, ele continha feitiços e invocações capazes de mudar o equilíbrio de toda a existência. Não era para ser aberto, não de novo, mas as circunstâncias estavam além do controle de qualquer um de nós. E ali estávamos, com os dedos manchados de sua tinta proibida, mexendo com forças que não podíamos sequer compreender completamente.Fiquei em silêncio por um momento, observando o livro,

O ar estava pesado, e eu sentia cada molécula ao meu redor vibrando com uma intensidade desconhecida. Quando a criatura apareceu, algo dentro de mim se mexeu. Eu não sabia exatamente o que estava acontecendo, mas sabia que aquele ser, aquela sombra fluida e imensa, tinha algo a ver com o poder que começava a se formar dentro de mim. Era como se as partes de minha alma estivessem se conectando com a escuridão, como se eu tivesse sido escolhida de uma forma que eu não conseguia compreender completamente.Os homens ao meu redor estavam preparados para lutar, cada um com sua espada empunhada, sua postura tensa e os olhos fixos no inimigo à nossa frente. Zane, Theo e Damian estavam ao meu lado, prontos para dar a vida por mim, se fosse necessário. Eu sabia disso. Mas, por mais que estivessem fortes, eu sabia que o que estava diante de nós era algo muito além daquilo que podíamos enfrentar com lâminas e força bruta.A criatura, se é que podia ser chamada assim, parecia emanar uma presença q

O ar estava pesado, tenso, como se até o próprio ambiente estivesse preso à expectativa do que aconteceria a seguir. Ângela, nossa última esperança, estava no centro de tudo isso, e sua luta interna estava se tornando visível. Eu sabia que ela estava tentando controlar algo muito além de sua compreensão, mas algo me dizia que essa força desconhecida era vital, tanto para a nossa sobrevivência quanto para a destruição da criatura diante de nós.Não era apenas um poder que ela estava tentando conter. Era algo que ressoava com o próprio tecido da realidade, algo que desafiava as leis que todos nós conhecíamos. E eu... Eu sabia que, por mais que ela tivesse essa habilidade impressionante de controlar as energias, não seria suficiente. Ela precisaria de algo mais. E esse "algo" estava diretamente relacionado a mim, a Zane e a Theo.Olhei para meus dois irmãos. Eles estavam prontos, seus olhares firmes, mas havia algo mais em nossos rostos. Era o peso da responsabilidade. Sabíamos que, embo