POV CATARINAJulia Arruda de Albuquerque.Esse nome ficou na minha mente pelo restante da semana.Era mesmo a ex-namorada do José. Cruzei informações nas várias redes sociais e no LinkedIn."Arquiteta renomada que namorou José Eduardo Dalagnol, herdeiro do grande magnata do café", dizia uma reportagem.— Não pode ser... será que eles voltaram? — perguntava a mim mesma, checando a notícia no computador.Julia era bonita, cabelos ondulados quase r

POV CATARINAAcordei ainda com algum resquício da febre alta do dia anterior.Meus olhos estavam pesados, mas, ao olhar para o travesseiro ao lado, vi algo brilhando.— Que isso???Ao desfocar os olhos, percebi que era um pequeno chocolate numa embalagem reluzente.Alguém havia deixado um chocolate ali para mim.•Por conta da febre, eu não comi nada no dia anterior.Aceitei só um pouco da canja que a Corine mandou preparar, mas não mais que duas colheradas.— Ah, você está melhor, mocinha? — disse Tio Nestor, saindo do escritório.Eu passava pela sala.— Melhorei, tio. A Corine te contou?— Contou. Cheguei tarde, mas quando fui vê-la, você já estava dormindo.— Ah, sim. Então foi o senhor que deixou esse chocolate pra mim no travesseiro?Mostrei o chocolate na palma da mão.— Chocolate? Não, não fui eu quem deixou isso lá.— Nossa, que estranh

POV CATARINA A minha pergunta ficou ali, pairando no ar: — Por que está tão estranho comigo? Ele não responderia, era o que eu imaginava. José mordeu sua torrada com geleia e ficou mastigando, balançando as pernas. Não me olhava. Acho que se passou mais de um minuto, e cada segundo a mais fazia o silêncio gritar nos meus ouvidos. Achei que meus tímpanos fossem estourar diante da fala ausente dele. Mas, por fim, seus lábios se abriram após engolir o pedaço da torrada que mastigava. — Eu não estou agindo como se você não existisse — respondeu, finalmente. — Ideia sua. Ainda não era capaz de me olhar. Ele escondia coisas de mim, óbvio. Será que me olhar nos olhos entregaria algo? — Impossível, José. Impossível. Há semanas que nós quase não nos falamos. — Ando cheio de compromissos. — Você sempre teve compromissos — protestei, mas me contive. — Mais

 POV GUSTAVOAquela carniça ia me tirar do sério não. Querendo me ensinar a limpar os casco das aguas. Nathalia devia ficar lá no pedestal dela de madame.Não tinha nada que ir no estábulo onde só tem gente simples como eu. — Dondoca magricela. Ieu quero é distância dessa carniça --- resmunguei na porta de casa. Eu entrava pela cozinha. Vovó Dorinha estava pondo meu prato. O cheiro de salsinha e cheiro-verde era ótimo. Devia ter feito carne de panela. — Tá falando com quem, Tavin? — perguntou vov&oa