POV NATHALIAEu jurava que tinha caído numa emboscada armada pelo Caipira e pela vovozinha dele.Depois que comi aquele bolo, apaguei e só fui recobrar a consciência horas depois.Acuada, tratei logo de usar meu spray de pimenta e arremessar um vaso na cabeça do Gustavo.— Fia do céu, mas o que cê fez com ele? — disse a velha, olhando pro Gustavo caído no chão.— E posso fazer com a senhora também, sua velhinha safada. Fala logo o que quer!— Eu num quero nada, não. Só queria arrumar uma namorada pro Tavin.

POV CATARINAO bar estava mais cheio por dentro do que do lado de fora. Burburinho de conversas por todo canto.Senti um bafo de calor assim que Bruno e eu entramos para ir ao balcão pedir algo. Conseguir uma mesa àquela hora não seria tarefa fácil.— Se quiser esperar aqui, não precisa enfrentar toda essa multidão — disse Bruno, todo gentil.— Que isso, eu vou com você.Até porque eu não queria dar mole e acabar sendo abordada pelo José.— Escuta, Catarina... você sabe que eu sempre te achei gata, né? Acho que tô até ficando repe

POV CATARINA Eu não achei que aquela dose de drink fosse o suficiente pra me deixar alterada. Mas sei que, apesar de toda a confusão que se instalou no bar, meu corpo estava relaxado. Um pouco sonolento, talvez. Até que tomar algum álcool não é tão ruim, pensava comigo mesma rindo. Mas logo esse bem estar passou. Memórias negativas começaram a inundar a minha mente. Olhava pela janela, lembrando do que José Eduardo me fez. Eu o amava. Esse sentimento foi crescendo à medida que ficávamos mais íntimos. Porém, suas atitudes eram ambíguas, controversas. Se ele gostava tanto de mim e era tão obcecado, por que deu brecha pra Nathalia? Por que, na primeira oportunidade, se deixou levar e foi seduzido por ela? Será que ele não era capaz de entender a minha mágoa? Como ele achava que eu me sentiria ao encontrar uma calcinha