Outro fato estranho... meu Cheshire não era o tipo de gato que gostava de ficar na mata à noite.- Este Cheshire está bugado – comentei – Comeu o forninho de afeto e acha que sua casa é a dele.- Até seu gato sentiu saudades de mim!- Mas eu não! – Mantive a mentira.- Bem que avisou que estaria noiva quando eu voltasse.- Noiva? – tentei lembrar – Ah, sim... Noiva! – ri – Aydan ainda não pediu minha mão.- Quer dizer que o carinha que estava com você na lanchonete... É o Aydan? Confesso que achei que ele fosse diferente... Mais velho!- Não, aquele não era o Aydan!- Quem era?- Jacó.- Isto quer dizer que vocês têm dois namorados agora?- Infelizmente não consigo ser tão fiel como você, a uma só pessoa. – Sorri, com amargura.Ryan me pegou desprevenida, puxando-me pela janela, fazendo-me sair da casa e parar em seus braços. No encaramos e ele disse, com a voz relativamente lenta:- Eu... Senti... Saudades.Eu não senti saudades, seu idiota. Eu morri com a falta de você na minha vida

- Tayla, por favor... Me deixe ao menos falar, porra! – Ouvi Ryan enquanto eu corria em direção à porta da rua, passando por Haidee feito um raio.Eu não pensei em outro lugar para ir a não ser a casa na árvore. O país das maravilhas era o único lugar seguro para mim naquele momento, em que cada pedacinho do meu corpo doía de uma forma como nunca doeu antes. POV RYANEu sabia que ela tinha ido para a casa da árvore. E a conhecia o suficiente para saber que estava furiosa comigo e nada do que eu dissesse a faria me ouvir.Olhei para minha mãe e disse:- Por que não impediu que ela entrasse?- Acha que ela me ouve? Tayla se acha a dona da casa, mesmo não sendo.- Estou me referindo à Ísis.Ela riu:- Ela é sua namorada. Por que eu a impediria de dormir com você?- Eu tinha dito a

A primeira semana na escola nova sem Tayla foi horrível. Eu não era o tipo de pessoa que tinha dificuldade em fazer amizades ou me enturmar. Ainda assim não vê-la, mesmo que de longe, me dava total insegurança. Porque acho que mesmo de forma involuntária, eu cuidava dela o tempo todo. E o fato de saber que Tayla estava sempre me observando também me dava uma injeção de ânimo e autoconfiança.Naquela noite mamãe solicitou que Nona fizesse um jantar especial porque traria alguns amigos e pediu que eu participasse. Eu esperava qualquer pessoa, menos Endrick e Ísis Isacv.Nona pareceu tão surpresa quanto eu quando viu pai e filha na frente da nossa porta. Endrick trouxe flores para mamãe e para vovó e Ísis sorria como se nada tivesse acontecido entre nós semana atrás, quando a mandei embora do meu quarto.Depois do jantar, o qual Nona ca

Eu gargalhei, tamanha ingenuidade dela:- Ninguém pode ensinar sobre sexo sem ser fazendo.- Não está me propondo fazer sexo com você, não é mesmo?- Não... Claro que não! – falei de imediato, antes que Tayla pensasse que eu tinha interesse sexual nela.- É só me dizer o que fazer. Simples assim.- Não tem como! – ri, confuso.- Ah, vamos, Ryan... Não deve ser tão difícil. Vejamos... Por onde começar?- Um papo agradável... ou não. Eu não sei... – senti minhas bochechas queimarem – Depende da garota. Não há uma fórmula mágica.- Do que você gosta? Vamos nos basear por aí. – Sugeriu, interessada, deitando na cama de bruços, as pálpebras piscando com rapidez, tamanha curiosidade.- Nem todos os garotos são igu

Três meses! Sim, fazia três meses que eu ensinava Taylice tudo sobre sexo... Para ela futuramente praticar com Aydan. Na teoria, ela estava expert. Na prática, só ele saberia dizer.E neste meio tempo, dividido entre o último ano de Ensino Médio, meu trabalho como modelo e as aulas com Tayla, tudo que eu fazia era esperar pelo momento de estar com ela.A verdade é que sempre fomos muito ligados. Porém estar na escola sem a presença de Taylice me deixava ansioso pelo momento da saída para poder enfim vê-la e saber como havia sido seu dia e também contar os pormenores do meu.Nunca esperei que eu fosse ascender tão rápido como modelo. Mas foi o que aconteceu. Conforme Endrick, tudo que eu colhia era fruto da minha disciplina no trabalho. Porque apesar de tudo eu realmente era focado. Tirar fotos não era algo que me incomodava. Pelo contrário, eu me sentia m