Senti o peso da mão dela na minha cara, o estralo seco do tapa certeiro, que de certa forma mereci.- O que você quer, Ryan?- Quanto tempo passou daquela formatura?- Eu não estou contando. Você está?- Eu cheguei a me interessar por você um dia, Ísis. - Porque eu era virgem? – gargalhou, de forma cínica.- Por que quis me afastar de Tayla? Por que fez tantas maldades?- Por amor, Ryan. Eu gostei de verdade de você, porra!- E acha certo o que fez... filmar... expor Tayla da forma como fez? Se inspirou naqueles filmezinhos adolescentes americanos?- Ela era uma sonsa.Eu ri, dando um passo para trás:- Foi você!Enfim, a confirmação que eu precisava. Já tinha quase certeza, mas precisava da confissão dela.- Tayla já se vingou, não se preocupe. Ela me expos num podcast

- Sim, eu sabia! – ri, observando o pijama dele cheio de astronautas.- Você também gostava da lua quando era pequeno?- Na verdade eu gosto até hoje.- Então, como eu sou seu filho, irei gostar da lua para sempre?- Talvez! – me senti feliz por ele mencionar nosso parentesco pai e filho.- Você gosta de brócolis?- Não! Eu detesto! – confessei, fazendo careta.- Eu também não gosto! Mas o papai Aydan gosta. Eu... puxei a você!- Ah, garoto! – o apertei com força entre meus braços – Acho que temos mais em comum do que brócolis. Deixe-me ver... você tem alergia à analgésicos?- Sim! – ele confirmou, rindo.- Você... ama a sua mãe?- Sim! – gritou, levantando o dedo.- Eu também.- Também ama a sua mamãe?-

POV TAYLANaquela semana fiz o exame de DNA de Lewis, conforme o pedido que Davis fez na justiça. E também o meu e o de Marco. E eu não sabia qual dos dois era mais absurdo.Já em casa, mais tranquila, vi Aydan e Marco planejando processos juntos, com a mesa da cozinha de Nona cheia de laptops e papeladas.- Querem ajuda? – ofereci, ao ver que todos auxiliavam de alguma forma.- Ajuda sempre é bem-vinda! – Marco sorriu.Dei um beijo em Sirena, que junto de Lewis grifava com canetas coloridas cada vez que o nome de Endrick Isacv aparecia numa listagem. Sentei-me ao lado dela.Minha irmã me olhou e sorriu, parando o que fazia. Aquilo me deixou um pouco constrangida. Nos últimos tempos tudo que ela fazia era me encarar... de uma forma estranha.Enquanto eu tentava me concentrar na minha função, acidentalmente meus olhos encontraram os dela e Sirena sussurrou no me

- Mamãe, Marco é seu pai? – Lewis perguntou, parado atrás de Sirena, com os olhos estreitinhos, ainda sonolento – Por que você não me disse antes?Peguei-o no colo, limpando as lágrimas:- Eu não contei... porque ainda não sabia! – expliquei.- Mas agora ela sabe! – Sirena abraçou-se a nós – Que eu sou a mãe... e Marco é o pai. E somos seus... avós? – franziu a testa, parecendo confusa.- Sim... este é o nome. – Lewis foi quem explicou – Você é muito bonita para ser uma vó.- Isto quer dizer que vovó Líbia é feia? – eu não me contive, rindo.- Não, a vovó Líbia é bonita. Mas Sirena... ela é muito bonita. E... ela é macia! – ele tocou o rosto de minha irmã, de forma gentil, sentindo sua pele.<

- Fale logo, por favor! – implorei.- A Isacv está no nome de Ísis. Endrick passou a empresa para o nome da filha há alguns anos. E no documento assinado por ela, é responsável por tudo com relação à empresa, inclusive o que aconteceu antes ela assumir. Ou seja, Ísis terá que responder legalmente por tudo que o pai fez.- Ísis... não teria sido tão idiota de assinar um papel destes. – Ryan opinou, pensativo.- Certamente não... se tivesse lido o documento – constatei – Endrick a fez assinar sem ler. Ou pôs outros papéis no meio para que Ísis não tivesse noção do que realmente estava assumindo.- Sim, típico dele fazer isto. – Ryan admitiu – Mas... ele seria tão sujo a ponto de prejudicar a própria filha?- Ele não seria o primeiro – Nona olhou