Bianca FagundesPassamos a madrugada inteira no pronto-socorro com nossa filha, vigiando a febre até ceder e aguardando a alta da pediatra, que acreditava fielmente que tudo fora causado por um fator emocional. Para ser sincera, também começo a achar o mesmo. Olhando para ela, deitada no leito, dormindo tranquila e agarrada à minha mão como se eu fosse sua tábua de salvação, vi que seu rosto estava sereno.Por dentro, eu estava um caco. Sentia-me culpada por minha filha estar aqui, quando poderia estar no seu quarto, cercada por suas princesas de brinquedo. Eduardo, encostado do outro lado da cama, também parecia preocupado, talvez por estarmos ali, talvez por outro motivo.Depois de horas, voltamos para casa. Eu queria deitar ao lado dela, mas Eduardo me puxou pelo braço, quase me arrastando para o nosso quarto. Dei um último beijo na minha princesa antes de ir. Ele começou a trocar de roupa, vestindo um short confortável. Tirei a minha e coloquei no cesto, procurando uma camisola de
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