Laís AlcântaraAcordo com a cabeça doendo, sinto o peso do tecido que me mantinha aquecida, tento encontrar pontos em minha memória que possam me levar até onde estou nesse momento.Aperto os olhos quando as lembranças de sentir o Henrique me encurralando na parede me deixaram sem fôlego, desejava que ele beijasse meus lábios, que sua barba fizesse cócegas pelo meu pescoço.Porém, me recordo quando ele sacou a sua pistola e apontou para o chão, um sinal de que ele estava ali para algo e que, não importava o que acontecesse, ele iria terminar o que estava fazendo no meu quarto.Me viro na cama e abro os olhos. Estava sozinha no grande quarto, mas na mesinha ao meu lado havia uma jarra com água e uma cartela de comprimidos, ao lado um bilhete que me estiquei para pegar.“Caso esteja com dor de cabeça”Pego a cartela e olho o verso, realmente era um analgésico, pego dois e coloco na boca de uma só vez, na esperança de que, como um truque de mágica, a dor suma da minha cabeça, então me le

Laís Alcântara Deixo que ele perceba o quanto me preocupo com a Helena, que me importo em como ela esteja, ele estreita os olhos e fica sem entender o que digo para ele. Talvez ele não saiba o que aconteceu com o Tanaka e provavelmente não deve fazer ideia de que o Petter esteja gostando da Helena.— Não se preocupe, termine seu almoço, volto amanhã para almoçar com você, veremos se é uma mulher prendada. — Ele se aproxima e beija a minha testa e o vejo saindo.Olho para o homem que o Henrique se transformou, sei que a força que ele colocou no meu pescoço foi nada comparada com o que ele realmente pode fazer, de alguma forma ele se controlou, principalmente quando ele errou o seu soco.Preciso descobrir o que houve para o Henrique ter se transformado nesse homem frio, ele não era assim. Lembro-me de que ele brincava comigo e com a Helena todas às vezes que nos encontrávamos, então me surpreendo com toda essa sua movimentação, com toda certeza algo aconteceu, para que ele tenha se tra

Henrique CarterComo não tínhamos a certeza da Helena, permiti que Petter a levasse para o seu apartamento, que fica no mesmo prédio que o meu. Abigail seria a responsável por ela, já a Mikaela será a responsável pela Laís, provavelmente elas já devem estar lá organizando as coisas. Como a droga que elas tomaram deve ter um efeito ainda bem duradouro, vou esperá-la acordar por lá mesmo.Nos dividimos nos carros, Faína foi com o Petter enquanto Marzio veio comigo e iriamos esperar por Zakhar para pensar na melhor opção do que seria feito. Precisava falar com o Francesco para que ele entendesse meus motivos, talvez ele se irrite um pouco, mas quero acreditar que ele vai me conceder essa chance de poder ter uma nova chance.Pego a Laís no colo, fico preocupado com ela, acabamos nos molhando pela chuva, quando saímos do jatinho, não quero que ela adoeça, subimos para a minha cobertura, que espero estar arrumada para recebê-la. Marzio me ajuda com as malas e entramos na grande sala. Perceb

Laís AlcântaraEle começa a gargalhar, começa a se levantar e retira a camisa na minha frente, avança sobre mim, o que faz com que me arraste para o meio da cama. — Sabia que foi muito difícil dormir ao seu lado e não te tocar? Seu perfume estava me deixando enlouquecido de madrugada. — Olho para o lado e um sorriso começa a brotar em meu rosto.— Sim, deitei ao seu lado, mas não consegui dormir, porque passei o tempo todo de pau duro querendo entrar em você e sofrendo porque sei que não posso fazer isso. — A sua respiração estava pesada assim como a minha.Com coragem, toco em seu rosto e me aproximo de seus lábios. O que havia de resistência e muralhas consegui derrubar com o meu toque, estou tão feliz por estar sendo correspondida pelo homem que sempre olhei de longe e o achava inalcançável por ser bem mais velho do que sou.Um beijo cheio de desejo e carinho ao mesmo tempo, passei as mãos por seu pescoço e ele correspondeu, se encaixando entre minhas pernas. Sinto meus olhos fica

Henrique CarterConverso um pouco com todos que estão na minha frente, mas não demora muito e logo eles se vão, me deixando sozinho com um furacão em formação no quarto. Ando em direção à porta fechada, respiro fundo e sinto a raiva voltando por tudo o que a mãe dela fez com a Dakota.Entro no quarto e a vejo deitada, o seu olhar estava tão frio que sabia que ela poderia pular em cima de mim e me matar, se tivesse uma pistola ou uma adaga, que é a arma preferida da sua mãe.Passo pela porta e a tranco, estou decidido a sair desse apartamento somente depois que conseguir esclarecer a situação, preciso explicar as coisas para ela.— Precisamos conversar. — Digo olhando em seus olhos verdes, que devido à raiva estavam mais escuros.Como uma criança mimada que sempre imaginei que ela fosse, ela se vira de costas, o que me irrita demais. Desabotoou o meu terno, tirando-o dos meus ombros e deixando cair no chão. Logo em seguida, retiro os sapatos, subo na cama pelo lado que dormi e me aprox