Passei um tempo relaxando na água quente, deixando o calor aliviar algumas das minhas dores. Então percebi como estava peluda. "Nossa, quem diria que eu poderia crescer tanto pelo em seis semanas?" Olhei ao redor procurando uma lâmina de barbear, porque não dava para andar assim por aí. Eu podia até ser a reencarnação de uma mulher das cavernas, mas estava em 2024, não havia necessidade de viver como no passado. A busca pela lâmina foi em vão e soltei um suspiro frustrado. "Como diabos eu ia lidar com aquilo?" Fitei aqueles pelos indesejados, desejando que simplesmente desaparecessem. Então dei um grito de susto quando eles sumiram bem diante dos meus olhos.— Não pode ser. — Ofeguei, passando as mãos pelas pernas agora lisas, incrédula. Levantei o braço para checar as axilas, e os pelos também tinham ido embora. Esse era meu poder favorito até agora. "Nunca mais vou precisar me depilar? Sensacional!" Então toquei a cabeça em pânico, e um alívio me invadiu ao sentir que meu cabelo aind

— Meu! — A palavra escapou da minha boca e, como se o lobo me ouvisse, ele parou abruptamente. Virou a cabeça, e seus olhos azuis brilhantes encontraram os meus imediatamente. Reconheci aquele olhar: era Mason. Ele parecia enfrentar algum tipo de luta interna, pois a luz em seus olhos se apagava antes de brilhar ainda mais intensamente. Então desviou o olhar do meu e continuou seu caminho pela floresta densa, desaparecendo entre as árvores.— Ih, a loba de alguém acabou de avistar um dos seus companheiros pela primeira vez. — Theo comentou, aproximando-se para ficar ao nosso lado.— Quando você estiver pronta, deveríamos correr juntos. Seria bom para nossos lobos finalmente se conhecerem. — Luke sugeriu.— Não sem o Axel. — Balancei a cabeça. Não iria deixá-lo perder nossa primeira corrida juntos.— Eu posso acompanhá-los, já que consegui me transformar. — Axel falou baixinho atrás de mim. Virei-me em seus braços para olhá-lo.— Axel, isso é incrível. Quando aconteceu? — Sorri, feliz p

O celular tocou duas vezes antes que eu ouvisse a voz da Dot.— Luke, é melhor você estar ligando com boas notícias, porque estou ficando louca aqui. Ela já deveria estar acordada e os curandeiros precisam... —— Oi, Dot. — Cortei-a. Não acreditava que ninguém ainda tivesse avisado que eu estava acordada.— Josie? — Ela ofegou.— Sim, sou eu.— Meu Deus, Josie, que bom ouvir sua voz! Eu estava tão preocupada. Como você está? Quando acordou? — Disparou, e a emoção na voz dela era clara.— Estou bem, Dot, graças a você. O médico disse que não estou com efeitos colaterais. — Contei.— Fico tão feliz em ouvir isso. Achei que talvez tivesse feito alguma besteira e... — As palavras foram cortadas por um soluço.— Dot, estou bem. Você me salvou... Devo minha vida a você. — Afirmei, com lágrimas escorrendo pelo rosto. Queria poder abraçá-la agora. Ela passou semanas achando que tinha errado.— Não me deixaram vê-la, estava ficando louca aqui. O Mason está com você? — Perguntou.— Eu sei, ligue

— Parece que a corrida vai ser agora. — Ouvi Theo suspirar enquanto eu disparava atrás do Mason. Não esperei pelos outros, abaixei o focinho no chão, deixando minha loba nos guiar pelo instinto enquanto ela captava o cheiro dele.— Ei, nada de se transformar dentro de casa! — Uma voz feminina assustada veio de baixo, e minha loba se direcionou para ela. A mãe do Theo, Maria, apareceu à minha frente, e quis pedir desculpas enquanto passava correndo por ela e saía pela porta.— Desculpa, mãe, é realmente uma emergência. — Theo gritou atrás de mim. Ouvi os passos de Axel, Theo e Luke correndo em forma humana para me acompanhar.— Theo, vai se vestir direito antes de sair. — Ouvi a bronca dela.— Não dá tempo! — Ele respondeu. Os passos pararam e deduzi que eles tinham parado para se transformar. Eu não esperei, continuei na perseguição ao meu companheiro. Ele era rápido, mas eu estava determinada a alcançá-lo.Quando entrei na floresta, minha loba ficou mais alerta. Aquele era o territóri

A garota pendia de um galho com uma corda ao redor do pescoço, seus longos cabelos escuros cobriam o rosto e a letra J estava gravada em seu abdômen. A mensagem não passava despercebida. Ela se parecia muito comigo e o J só podia significar Josie.— Mason, me dá seu celular. — Toquei seus bolsos à procura dele. Ele tirou o aparelho do bolso de trás e me entregou.— Liga para o Deacon e diz para suspender as proteções. Vamos sair daqui agora. — Ordenou.— Certo. — Assenti, ainda meio sem entender, mas havia algo que precisava fazer antes. Abri a câmera e comecei a fotografar o corpo.— Que merda você pensa que está fazendo, psicopata? — Mason arrancou o celular de mim.— Ainda não terminei. — Tentei pegar o aparelho de volta.— Já terminou sim. — Ele rosnou. — Vou apagar essas porcarias do meu celular.— Mason, em quem podemos realmente confiar agora? — Perguntei.— Ninguém sem passar por uma triagem. — Ele franziu a testa.— Então me devolve o celular. Há provas bem à nossa frente e po