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Todos los capítulos de Fim do mundo, coração aberto : Capítulo 11 - Capítulo 15
15 chapters
Calor e sombras
O céu clareou pela primeira vez em dias, o sol rompendo as nuvens com um calor que parecia decidido a recuperar o tempo perdido. A fazenda, ainda úmida da chuva, pulsava com vida – os campos verdes se firmavam, as flores silvestres de Mariana brilhavam em jarros espalhados pela casa, e os funcionários trabalhavam com uma energia que misturava alívio e cautela. Mas a leveza dos sorrisos escondia rachaduras novas, tensões que cresciam como ervas daninhas sob a terra. Mariana sentia isso em cada respiração, um peso que não vinha só do calor, mas da noite que mudara tudo – os braços de Joaquim, o calor dos corpos, as lágrimas que a fizeram fugir ao amanhecer.Na cozinha, ela se jogava no trabalho, como se pudesse cozinhar a culpa que a consumia. Preparava um ensopado reforçado, com ervas do jardim, o aroma enchendo a casa e trazendo sorrisos tímidos dos funcionários. Mas, por dentro, ela lutava contra os fantasmas que nunca a deixavam – as palavras do ex, “Você não serve pra nada”, a culp
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Terra e Orgulho
O calor envolvendo a fazenda como uma manta pesada, secando a lama e endurecendo a terra onde o verde ainda lutava para se firmar. As flores silvestres de Mariana espalhadas em jarros pela casa, trazendo um toque de cor que arrancava sorrisos tímidos dos funcionários, mesmo com a tensão que pairava. O roubo do cavalo na noite anterior deixara todos nervosos, e o garanhão doente no curral era uma sombra que ninguém queria nomear. Mariana sentia o peso disso tudo, mas também um vazio mais profundo, onde seus fantasmas dançavam – a culpa pelo que perdera no consultório, as palavras do, o medo de que Joaquim a visse como algo para usar e abandonar. A noite com ele – o calor dos corpos, a entrega total – era uma chama que não apagava, mas a fuga dela ao amanhecer, as lágrimas que não explicara, só tornavam tudo mais confuso.Na cozinha, ela se jogava no trabalho, como se pudesse cozinhar a dor que a consumia. Cada prato era uma batalha contra a insegurança, uma tentativa de provar que val
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Sombras da noite
O amanhecer rastejava sobre a fazenda, o céu tingido de laranja e cinza, hesitando em trazer o novo dia. Mariana acordou com o peso do braço de Joaquim ao seu redor, o calor dele um lembrete vívido da noite anterior. O corpo dolorido por todas as posições e contorcionismos que fizeram.Por um instante, ela se deixou ficar ali, sentindo a respiração quente contra sua nuca, o coração dele batendo firme contra suas costas, as mãos dele agarradas a seu seio nu, sentiu seu coração acelerar e seu sexo ficar úmido, o calor lhe percorrendo só em lembrar de como ele a tocou.Mas o som de botas pesadas no corredor a fez abrir os olhos. A realidade — ladrões, a morte do garanhão, a ameaça do Sr. Almeida — voltou como uma onda fria.Ela se desvencilhou com cuidado, vestindo a camisa dele jogada no chão, o cheiro de terra e suor a envolvendo. Joaquim resmungou, meio acordado, os olhos escuros encontrando os dela com uma intensidade que a fez hesitar.— Tá cedo pra fugir — disse ele, a voz rouca, u
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A visita
O fogo no depósito de feno foi controlado ao amanhecer, mas a fazenda amanheceu marcada — cinzas espalhadas, o cheiro de queimado grudado no ar, e uma tensão que pesava mais que o calor. Mariana sentia o corpo dolorido, não só pelo esforço da noite, mas pelo encontro no celeiro, onde Joaquim a tomara com uma urgência que ainda fazia sua pele arder. A lembrança dos beijos dele, quentes e devoradores, a deixava sem fôlego, mas a frieza com que ele a tratara depois, na frente de todos, cortava como uma faca. Ela se sentia usada, um brinquedo para o desejo dele, e a raiva só crescia, mesmo que seu corpo traidor quisesse mais.Na cozinha, enquanto preparava café forte para os funcionários, Mariana tentava se concentrar. Tereza entrou, os olhos astutos notando o rubor nas bochechas dela, a blusa ainda desalinhada da correria.— Você tá com cara de quem enfrentou mais que fogo ontem — disse Tereza, um tom provocador na voz.Mariana corou, derramando um pouco de café, o coração disparado.— Só
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Sombras do Passado
Mariana sentiu o coração disparar, o rubor de vergonha se misturando com a raiva enquanto ajeitava a saia às pressas. A mulher à sua frente, parada nas sombras do jardim, era uma visão que cortava o ar — alta, com curvas que pareciam esculpidas, vestida com uma blusa justa de seda vermelha e uma saia que abraçava os quadris, revelando mais do que escondendo. O cabelo castanho caía em ondas soltas, e os olhos verdes brilhavam com um misto de desprezo e diversão. O sorriso frio nos lábios era afiado como uma lâmina.— Clara — rosnou Joaquim, o corpo tenso, os olhos faiscando de raiva. Ele deu um passo à frente, como se quisesse proteger Mariana, mas a frieza em sua postura a fez sentir, mais uma vez, como uma peça descartável.Clara, a cunhada de Joaquim, cruzou os braços, o movimento destacando ainda mais suas formas. — Então é assim que você cuida da fazenda da minha irmã? — repetiu, a voz melíflua, carregada de sarcasmo. — Comendo as empregadas pelos cantos? Que... charmoso.Mariana
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