"Cassius"Minhas presas saíram, a sede se misturou à fome sexual, à raiva por não conseguir controlar aquela atração visceral. Esfreguei o nariz em seu cabelo, descendo para o pescoço que me chamava, fora de mim.— Ah... — Ela gemeu, fechando os olhos, se derretendo.— Você é minha... — Gemi também, abrindo a boca para mordê-la, ter tudo dela.A cabeçada veio sem que eu esperasse. Para trás, violentamente contra meu nariz. Sangue esguichou e dei um pulo para longe, soltando-a enquanto o tesão cedia lugar à surpresa e depois à ira.Venna se virou pronta para o ataque, pulando com garras e presas para me pegar.Usei minha velocidade, superior à dela, para me desviar para o lado e sair do seu caminho. Voltou e o sangue parou de escorrer pelos meus lábios, meu organismo cura

"Ravenna"Estremecemos abraçados, colados, em um beijo apaixonado. O tempo parou, depois se alongou. E a paixão, até então sendo contida, explodiu de vez. Rosnei quando ergueu meu quadril e se enfiou mais fundo. Uma, duas, três vezes. Derreti, delirei. Fui penetrada e o busquei, cavalgando-o enquanto meu corpo aprendia a acolher sua grossura e tamanho, minha loba louca por mais.Descolei a boca e minhas presas saíram, enquanto meu olhar ia para aquele ponto entre seu ombro e pescoço. Cassius não me impediu. Ataquei em uivos, cravando os dentes em sua carne e ovacionando as sensações desvairadas. Senti seu gosto, seu sangue e um calor abrasador se estabeleceu em minha boceta, se espalhando pelo corpo todo.Eu me alaguei no prazer delicioso, ronronando, agarrada a ele. Quiquei em seu colo, recebi suas arremetidas duras, ouvi seus grunhidos de dor e prazer também.

"Cassius"Havia lascívia e surpresa em seu grunhido rouco. Gemidos viraram rosnados quando a língua aumentou e cresceu ainda mais, anormalmente para ela e para humanos. Podia dobrar de tamanho, triplicar, quadruplicar, dependia do vampiro. Ali, eu a enchi toda, longa e larga, indo ao fundo.— Ai... ai...Berrou ensandecida quando passei a meter e tirar a língua ali, sem afastar as presas, apertando sua bunda para segurá-la no lugar. Feriu-me mais com as unhas, em tremores loucos, ondulando a cada arremetida.Gozou quase que imediatamente, em arroubos e choramingos, dizendo coisas desconexas. Senti o pulsar da sua carne macia, bebia os líquidos que me dava. A lubrificação do meu pau pingava no colchão, doendo ainda mais do que as feridas que causava em meus ombros com suas garras.Era animal, delirante, selvagem. Uma explosão de sentidos, uma combinação perfeita.Ainda estava em estremecimentos quando afastei a boca e subi, desesperado por ela. Nossos olhos se conectaram, vermelhos e d

"Cassius"— Por que está com a loba?Antares foi direto.— Porque eu quis. E ela também. — Não demonstrei qualquer alteração e ele me analisou profundamente.— Era o meu momento, pai. Ravenna veio para meu colo, me beijou! Mas o Cassius quer ser o primeiro em tudo, se mete na minha vida, nos nossos planos. Fez de propósito!Caliban esperneou como o mimadinho que era. Continuei indiferente.— O que aconteceu, Cassius? — insistiu meu pai, tão frio quanto eu.— Ela entrou no cio.Isso bastou. Furioso, meu irmão se ergueu, mexendo as mãos enquanto falava.— Eu não disse? Em vez de me avisar, sair do caminho, ele tomou o meu lugar! Isso é traição!Meu pai continuou a me encarar. Atento, como se visse coisas que eu não queria mostrar. Preocupaç

"Cassius"Eu quase não dormi naqueles sete dias.Fechar os olhos seria perder horas de sono que eu preferia aproveitar com ela. Mesmo quando Venna apagava, eu continuava alerta, aproveitando o momento de paz completa que era tê-la em meus braços. Entregue, cativa, somente minha.Como naquela manhã. O dia amanheceu lá fora, o sol ficou longe do meu quarto através das pesadas cortinas fechadas. Lá dentro, tudo era penumbra e silêncio, enquanto eu continuava a olhar para o nada, pensativo. Com algo profundo me perturbando, fazendo-me analisar tudo que havia acontecido até ali.A lua cheia acabou na noite anterior. Assim como o cio dela. Naquele instante mesmo, não havia mais qualquer sinal do feromônio impregnando o ar, me endoidecendo de modo irracional. Foi amainando no decorrer dos dias; o cheiro. O que não aliviou em nada o nosso desejo. Eu continuava doido, excitado, até mesmo obcecado por mais. E tinha certeza de que ela senti