"Cassius"Tenso, eu me forcei a ler mais. Foi aí que percebeu, retraindo.— O que está fazendo, Cassius?— Nada.— Ainda não entendeu que a telepatia não funciona comigo?Analisei-a melhor, cogitando que tivesse sido algum erro, algum escape. Mas não me convenci muito.Venna lambeu os lábios, se distraindo quando a puxei um pouco mais perto, nossos lábios quase se tocando. Provocadora, desceu a mão entre nossos corpos, suspirando excitada ao rodear minha ereção grossa. Masturbou-me lento, do jeito que percebeu que eu gostava.Aprendia muito rápido. Era instintiva e apaixonada na cama. Gostava de dar e receber, de morder e lamber, chupar e engolir. Na noite passada, esporrei muito em sua boca. Aquilo podia viciar.Entre o desejo latente, meus pensamentos continuaram acelerados e densos. Sobre o almoço daque

"Cassius"Eu gemi, cheio de prazer com sua boca macia e gulosa no meu pau.Nós estávamos nus no terraço do velho castelo, depois de muitos beijos e carícias. O vento frio arrepiava sua pele, mas ela ardia, se aquecendo em mim e na eletricidade que criávamos juntos.Caiu de joelhos, faminta, me chupando. Seu corpo entre o meu e a mureta, que eu agarrava com força para controlar o instinto de empurrar forte em sua garganta e me acabar em orgasmos longos.Era uma delícia. Venna não era comedida; engolia, mamava, seus dedos em meus pelos e testículos, o tesão se espalhando em cada célula do meu corpo. Língua por baixo, acariciando veias e carne a cada engolida, seu desespero, fazendo-a tentar me comer todo.Grunhia e gemia, sugando tanto que eu temia esporrar de uma hora para outra. Parecia que aquele desejo nunca amainava, que o cio continuava tão forte como no início. Mesmo que não sentisse mais o feromônio, a luxúria continuava potente. Exigindo mais.— Vem aqui...Agarrei um punhado d

"Ravenna"Do meu quarto, senti algo diferente. Não soube explicar bem e saí até o terraço, olhando para fora.Dali era possível ver o pátio lateral e percebi algo novo no ambiente. Três carros enormes e pretos estavam parados, o que de imediato chamou minha atenção. Nunca os vi ali. Aspirei o ar e percebi cheiros novos subindo. Não de humanos, podia jurar que de vampiros. Aromas fortes e gostosos, sedutores. Até a energia se mostrava mais elétrica, densa, como se anunciasse tempestade.De quem seria? Visitantes? Estavam ali para fazer negócios?Cassius não comentou nada.A tensão que eu sentia aumentou e nem soube explicar o motivo.Como não gostava de ficar no escuro, com dúvidas, resolvi sair e descobrir.Também não aguentava mais ficar ali, sem saber como seriam as próximas horas ou dias, o que faria da minha vida. Eu e Cassius não podíamos fingir que nada estava acontecendo e sermos amantes como se não houvesse amanhã. Aquilo me agoniava cada vez mais.Saí do quarto nervosa, marca

"Cassius" — Ela não está grávida — falei entredentes.— Talvez. O que me deixa curioso é que o plano era Caliban ser o pai do lobinho, mas você que pratica com ela, Cassius. Ou será que os planos mudaram?— Que planos? Isso é você quem diz. — Nem sei como consegui manter a gelidez, pois fervia por dentro.— O que temos aqui é uma loba visitando nossa aldeia. O que ela faz, ou eu, não é da sua conta.— Verdade — reiterou meu pai. — Ou você tem provas do contrário?O silêncio caiu novamente, todos se analisando, e um sorrisinho odioso surgiu no canto dos lábios de Alexandar. Ali, eu soube que ele guardava algum trunfo. Não apareceria com acusações infundadas.Ele não foi direto ao ponto. Recostou-se melhor na cadeira

"Ravenna"— E você é o líder do seu clã?— Não, é meu pai.— Quantos são? Quais as suas idades?Alexandar acompanhou as perguntas, sem parecer se incomodar. Mas atento. Não soube até onde contaria.— Meus pais são Nikolai, com 1498 anos, e Rayna, com 1420 anos. Tinha uma irmã mais velha, já falecida: Isolde. Se estivesse viva, completaria 980 anos.— Lamento.— Obrigado. — Seu olhar continuava a me apreciar, a expressão inescrutável. — Sou o mais velho agora, com 723 anos. Dimitar tem 515. E Elisa, 218. Parecemos velhos demais para você?— Não, nem chegaram ainda aos 2000 anos. Ele sorriu. Continuei:— E vocês têm filhos?— Tenho dois. Sou viúvo. Dimitar está casado, mas ainda não te