AmelieNão tinha água. O balde de madeira estava vazio e o chão ao seu ao redor, molhado. Suspirei longamente.A noite tinha sido sufocante, meus últimos dias naquela casa e aquela fuga voltaram a me assombrar durante o sono. Ainda assim, quando estava desperta, sons de animais noturnos deixavam-me com medo, com uma sensação estranha. Inquietante. Inclusive, escutei passos, barulhos do lado de fora. No fim, julguei ser apenas animais.Meu humor ruim era consequência disso, sentia-me esgotada, ansiosa e preocupada. Willian e Arthur não retornaram. O sol já havia aparecido e aquele sentimento agoniante crescia devido a ausência. O medo de que algo tivesse acontecido era latente.Prendi os cabelos no alto da cabeça, estavam embaraçados, secos devido ao tempo sem cuidados adequados, nem mesmo havia um pente para desmanchar os nós, tudo era feito com meus dedos. Empurrei o tronco pesado que mantinha a porta da cozinha fechada. Do lado de fora o silêncio só era interrompido pelos pássaros
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