Ethan Narrando Sem desgrudar a boca da dela, deslizei uma das mãos por trás dos seus joelhos e a outra nas suas costas, levantando Sophie nos braços como se ela não pesasse nada.Ela soltou um riso abafado contra a minha boca, as mãos agarradas na gola da minha camisa polo.— Ethan... — ela murmurou, com a voz embriagada de desejo.— Shhh... — sussurrei no ouvido dela — Agora você é minha. Só minha.Subi as escadas em passos firmes, levando-a direto pro quarto maior da casa. Era amplo, com uma cama enorme no centro e cortinas esvoaçantes nas janelas. Empurrei a porta com o pé, entrei e deitei Sophie no meio da cama, como se ela fosse algo precioso.Ela me olhou com aqueles olhos famintos e entregues, e foi difícil me afastar. — Não sai daí — falei, com um sorriso de canto.Desci correndo para a cozinha, peguei a garrafa de vinho que tinha separado para ocasiões especiais. Voltei em poucos minutos, encontrando Sophie do jeito que deixei: deitada, me esperando, com a respiração aceler

Ethan Narrando Depois do café da manhã, decidi mostrar o sítio pra Sophie. Não era algo que eu costumava fazer, eu, que vivia preso a reuniões, contratos, estratégias e uma agenda lotada, nunca perdia tempo com manhãs lentas. Mas com ela era diferente. Com Sophie, eu queria o tempo todo.O céu estava limpo, o sol começando a esquentar, e o ar carregava aquele cheiro bom de mato e terra molhada. Caminhamos lado a lado por uma trilha de pedras cercada por árvores altas. O silêncio do campo era reconfortante. Nada de buzinas, ligações ou cobranças. Só a natureza e ela.Sophie olhava tudo com curiosidade, como uma criança descobrindo o mundo. E eu observava ela. O jeito como o vento bagunçava os fios do cabelo preso no rabo de cavalo. Como ela sorria olhando os pássaros, os pés descalços na grama molhada. Era bonito. Quase poético. E eu não sou um homem que vê poesia em muita coisa.— Isso aqui é tão diferente da nossa rotina — ela comentou, pegando uma flor do caminho e girando nos dedo

Ethan Narrando A noite estava tranquila, o silêncio do sítio só era quebrado pelo som distante dos grilos. Depois do jantar, ficamos na sala, rindo de coisas bobas, relembrando momentos dos últimos dias ali. Sophie estava linda como sempre, sentada com as pernas cruzadas no sofá, segurando uma taça de vinho, os olhos brilhando para mim.Eu estava relaxado, coisa rara, mas com ela era diferente. Até que, no meio de uma frase, aconteceu.— Você é incrível, Penélope… — falei, e assim que a palavra saiu da minha boca, o sangue gelou nas minhas veias. — Quer dizer, Sophie… merda.Não queria nem ter lembrado dessa mulher, não agora, muito menos falado o nome. Sophie e Penélope não têm absolutamente nada a ver. Uma é leve, doce, a outra, foi um veneno do qual eu me curei tarde demais.Ela me olhou. Perguntou quem era Penélope, respondi. O silêncio que se instalou foi tão pesado que parecia ocupar todo o espaço da sala. Eu podia ver nos olhos dela que aquilo tinha mexido. E mesmo que fosse u

Ethan Narrando Cheguei em casa já era noite, cansado da viagem, mas com a cabeça leve por causa do fim de semana com Sophie. Tirei a camisa e fui direto para o bar da sala. Ainda nem tinha me servido quando o celular vibrou. Era uma mensagem do Vitor. Assim que li, o sangue ferveu.— A família de Sophie está desesperada por dinheiro. Estão vendendo tudo o que têm pra tentar tirar o padrasto dela da prisão. O defensor que tava no caso abandonou. A mãe dela já vendeu os móveis e agora está tentando vender a casa.Respirei fundo, mas foi inútil. A raiva veio como um soco. A ideia daquele desgraçado sequer respirando fora das grades me embrulhava o estômago. Digitei na mesma hora, sem hesitar:— Usa tudo o que você sabe. Dificulta essa venda. Trava a papelada, enrosca na justiça, faz parecer que o imóvel tá irregular. E mais: se eles conseguirem outro advogado, mesmo que seja um zé-ninguém de porta de cadeia, eu quero saber. A resposta foi rápida:— Pode deixar. Já tô cuidando disso.De

Ethan Narrando Entramos no bar de mãos dadas, sem esconder nada. Sophie andava do meu lado com aquele sorriso tranquilo, mas eu sentia o nervosismo leve nas pontas dos dedos dela. O lugar ainda estava cheio, o pagode rolando numa vibe gostosa, e quem vejo logo de cara? Jhon, com um copo na mão, me encarando.Ele olhou direto para nossas mãos entrelaçadas, depois para mim, e mandou aquele sorrisinho sacana de canto, arqueando a sobrancelha como quem diz “eu sabia”. Fiz logo uma cara de poucos amigos, só pra deixar claro que não era hora nem lugar pra piadinhas.Seguimos até uma mesa mais afastada, daquelas mais baixas e confortáveis. Era maior do que a de antes, perfeita pra gente sentar mais relaxado. Sophie sentou do meu lado, e a Elizandra, do lado do Jhon. A noite ainda estava começando, e eu queria aproveitar cada minuto.Enquanto eles conversavam do lado de lá, eu desci minha mão por baixo da mesa e comecei a fazer carinho na perna dela. A pele dela era macia, quente, senti os p