AlexandreMeu final de semana foi mais uma vez incrível ao lado da Jaqueline. Tê-la nos meus braços me trazia uma paz que eu não sabia que existia para mim. Meu celular largado no aparador da minha cobertura vibrava incansavelmente. Eu ignorava com prazer as mensagens dos antigos colegas de farra: convites para festas, jantares regados a vinho caro, passeios no litoral e piadas repetidas. Até o Pedro, havia me mandando pelo menos três mensagens seguidas:“Já escolheu o terno do casamento ou tá esperando? “Ridell! Tá agarrado na morena, né?” “Foi sequestrado ou casaram escondido?”Eu apenas sorria das mensagens do meu amigo. O que eu queria e realmente desejava estava em meus braços todo o final de semana. Não havia ressaca, música alta ou aventura de uma noite que superasse aquilo. Nada mais parecia suficiente sem ela.Retornei do almoço me recordando com ternura do jeito assustado dela na delicatesse. O olhar arregalado diante da quantidade de chocolates. E depois aquele brilho no

JaquelineDepois de um banho morno, vesti uma camiseta grande e confortável e deitei no sofá da sala. A televisão estava ligada, mas as imagens passavam diante dos meus olhos sem que eu prestasse atenção. Eu estava absorta em pensamentos. Na lembrança do Alexandre e Andrei, frente a frente no corredor como dois generais. A tensão no ar era forte e meu medo se materializou em pensamentos.“E se a parceria for afetada por minha causa?”“E se eu estiver destruindo algo que ele construiu com tanto esforço?”Quando a angústia falou mais alto do que a razão liguei para o Estevão, que me atendeu com prontidão e foi até a sala de reuniões. Mas o que veio depois me desconcertou. Alexandre voltou do encontro com a mesma tranquilidade de sempre, como se tivesse acabado de sair de uma reunião entre amigos.Puxei uma almofada e a abracei. Meu peito ainda carregava o incômodo de ter saído daquela forma da sala do Alexandre. Mas eu carregava um turbilhão de emoções no peito. Saber que estaria numa fe

Jaqueline– O que você está fazendo aqui, Talles? Não devia estar trabalhando? Perguntei sem paciência..– O Grupo Varnier fica aqui perto. Saí para descansar um pouco, foi um dia cheio.– Talles lançou um olhar de cima a baixo, quase como se tentasse decifrar cada uma das marcas luxuosas estampadas nas sacolas.– Pelo visto seu dia também foi cheio. Boutique Montclair, Prada, Le Lis Blanc. Fez uma pausa. – Não é qualquer um que sai gastando nessa rua assim, não é?Mantive o olhar firme, mesmo com o coração acelerado.– Eu não te devo explicações, Talles.– Não? Ele arqueou a sobrancelha ironicamente. Sinceramente Jaqueline, você pode fazer o que quiser, mas não deveria interferir no meu trabalho.– Se está insinuando alguma coisa, seja direto. Não tenho tempo a perder.– Certas mudanças de vida muito rápidas sempre chamam atenção. Principalmente quando envolve alguém como Alexandre Ridell. Você está usando ele para se vingar de mim.– Se enxerga, Talles. Quem é você pra me dar sermão

RaissaLuzes intensas, flashes intermitentes e o som constante de cliques preenchiam um dos muitos estúdios da Elysium. Várias pessoas da equipe circulavam com pranchetas, ajustes de figurino e equipamentos. No meio do cenário, Ivan trajava roupas esportivas justas que realçaram o seu físico impecável. O fotógrafo o orientava com entusiasmo e satisfeito com os resultados. Ele jamais imaginaria um dia na vida, o trabalho que eu tive para arrancar o Ivan da frente do videogame e trazê-lo até aqui. Minha relação e o que eu passei com o Ivan, eu guardava apenas para mim.Me encostei numa parede observando tudo com os braços cruzados. Pendurei meu óculos escuros na gola da blusa enquanto olhava tudo de forma analítica. Uma mistura de orgulho e calculismo. Minha maquiagem impecável servia como escudo da noite mal dormida.– Uau. Esse seu namorado é realmente um homem muito gostoso. Virei lentamente o rosto e observei o sorrisinho provocador nos lábios da Thais.– Isso eu não posso negar. Ma

JaquelineA atmosfera entre nós era densa de desejo e intimidade, iluminada suavemente pelas luzes embutidas que destacavam os detalhes das roupas, sapatos e acessórios luxuosos ao redor. Alexandre me olhava completamente hipnotizado pela minha visão em frente ao espelho com a lingerie vermelha. Suas mãos grandes contornaram minha cintura e escorregou com firmeza e reverência pelos meus quadris, subiu pela minha barriga e repousaram audaciosas sobre os meus seios.Meu corpo estremeceu sob o seu toque, e por um breve momento, eu fechei os olhos sentindo o calor que emanava do corpo dele atrás do meu. Alexandre colou os lábios em meu ombro nu, depois subiu até o pescoço, aspirando o meu perfume com intensidade. Seus olhos não deixavam o nosso reflexo no espelho. Um homem grande e tomado pelo desejo.– Eu preciso de você… ele murmurou, quase um rosnado.– Não era pra você me ver assim… respondi entre suspiros. – Eu ainda estou me arrumando…Mas o meu sorriso no reflexo do espelho dizia o