Elana fechou a porta de casa, enquanto Isabella se arrastou para o sofá e se deitou em posição fetal. — Eu não acredito que isso está acontecendo. — Isabella choraminga, abraçando uma almofada. — Grávida na adolescência. Quem diria que iria acontecer comigo? Elana, que estava aflita pela amiga, não conseguiu segurar uma risada repentina, um som que escapou antes que ela pudesse se conter. — Amiga! Você tem trinta e dois anos. — disse, tentando conter o riso enquanto tirava os sapatos e os colocava ao lado da porta. Ela atravessou a sala, ainda com um leve sorriso, e sentou-se na ponta do sofá, ao lado de Isabella. — Eu sei. — murmurou Isabella, endireitando-se lentamente para abrir espaço para Elana. Seus olhos estavam vermelhos, o cabelo bagunçado caindo sobre o rosto. — Estou no auge da adolescência dos trinta. Não sou casada, desempregada... — Ela fez uma pausa, apertando a almofada contra o peito. — E agora, grávida. É como se eu tivesse voltado no tempo e virado uma adolesce

Por que ela está tão determinada a me manter fora disso? Levantando-se, Gabriel caminhou até a janela de casa e ficou encarando a rua quieta. Ele pegou o celular novamente, hesitando antes de abrir o aplicativo de mensagens. Queria perguntar a Elana sobre a clínica, pressionar um pouco mais para entender por que Giana teria dito algo assim, mas sabia que não devia ser assim. Confrontá-la agora, com base em uma suspeita tão frágil, poderia parecer desconfiança, e a última coisa que ele queria era afastá-la. Se Elana realmente estiver grávida, vou mostrar a ela que não tem motivos para esconder isso de mim, pensou, a determinação crescendo em seu peito. Ele a amava, e se havia um bebê, ele queria estar ao lado dela. [...] No dia seguinte, Gabriel acordou atrasado para o trabalho. O peso da noite mal dormida, cheia de pensamentos girando em sua cabeça, deixou-o atordoado. Ele deu um beijo rápido em Clarisse, que resmungou algo sobre ele sair sem tomar café da manhã, mas Gabriel apen

— Insano... fala de novo sobre a “turnê”! — Elana disse, os olhos brilhando com excitação, fazendo aspas com os dedos no ar. — Não use aspas. — Gabriel retrucou, rindo. — É uma turnê, digna de uma popstar. Semana que vem começamos com as leituras aqui, nos Estados Unidos. Tem praticamente uma leitura a cada dois dias. E depois de passarmos por todas as livrarias do nosso país, iremos para o próximo. Elana parou no meio da calçada, virando-se para encará-lo, o sorriso tão largo que parecia iluminar a rua inteira. Ela jogou os braços ao redor do pescoço dele, puxando-o para um abraço apertado. — Eu nunca imaginei que meu livro fosse chegar tão longe. E você, organizando tudo isso... como eu te agradeço? — Você escreveu um livro incrível, e agora o mundo está vendo isso. Eu só faço parte da torcida. — ele diz, retribuindo o abraço dela. — Mas se você quiser colocar uma lingerie sexy e me agradecer de outra maneira... Elana riu alto, dando um tapinha leve no peito dele enquanto se

As mãos dela desceram pelo peito de Gabriel, os dedos traçando os contornos de seus músculos até encontrarem sua ereção, rígida e pulsante sob a água. Ela o acariciou com firmeza, o toque provocador fazendo-o arquear o corpo, o prazer quase insuportável. — Elana... — ele gemeu, a voz rouca, enquanto a segurava com mais força, os dedos cravando levemente em seus quadris. Elana sorriu contra os lábios dele, o olhar travesso enquanto intensificava o movimento, guiando-o para dentro dela com uma lentidão torturante. A sensação de calor e aperto o fez fechar os olhos por um instante, o corpo inteiro tenso de desejo enquanto ela se ajustava a ele, os dois se movendo em sincronia. A água borbulhava ao redor, o som se misturando aos gemidos dela, cada vez mais altos, enquanto ela se movia contra ele, os quadris ondulando em um ritmo que os levava cada vez mais fundo. Gabriel segurou-a com mais força, uma mão subindo para envolver um dos seios dela, o polegar roçando o mamilo endurecido, a

[SEMANAS DEPOIS] Semanas se passaram desde aquela noite inesquecível no hotel, e a vida de Elana parecia ter ganhado um ritmo frenético. A turnê do livro estava sendo um sucesso estrondoso, com livrarias lotadas e leitores ansiosos em cada parada. Elana fazia duas leituras por cidade, viajando todos os dias, sem pausa, de um hotel para outro, de uma cidade para a próxima. O ritmo era exaustivo, mas ter Gabriel e Isabella ao seu lado tornava tudo mais leve. A notícia de que Isabella decidira levar adiante a gravidez trouxe uma nova camada de emoção à dinâmica do trio. Em uma noite de conversas regadas a café em um hotel em Minneapolis, Isabella, com um sorriso tímido, agradeceu a Gabriel pelo “presentinho sem intenção”; o body de bebê que ele havia comprado, inicialmente como parte da confusão com Giana. Agora, em um hotel em Chicago, Elana e Isabella estavam no quarto, cercadas por malas semi desfeitas e papéis com anotações para as próximas leituras. O aroma de café fresco pairava