A água quente escorria pelo corpo de Thor como se pudesse lavar, junto com o suor e a tensão, também a culpa, a vergonha e o medo.Ao sair do banheiro, com a toalha na cintura e os cabelos ainda molhados, foi até o closet. Observou suas roupas, suas conquistas materiais, tudo aquilo que, por tanto tempo, havia achado que o definia. Mas ali, naquele instante, sentia-se pequeno diante da imensidão que era reconquistar o amor de Celina. Ele sabia que havia um caminho longo e doloroso pela frente, e estava disposto a atravessá-lo. Quebraria todas as barreiras, uma a uma, para merecer de novo o lugar no coração dela.Quando o relógio marcava 19h, Celina, que já havia lanchado e lido algumas páginas de um dos livros da estante ao lado, ouviu batidas leves na porta.— Pode entrar — disse, esperando ver Thor.Mas, para sua surpresa, era Gabriel quem entrava, com um sorriso aberto e um buquê de rosas brancas nas mãos.Seus olhos se arregalaram.— Gabriel? Eu... eu não acredito que você está aq
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