Baby Ortiz Acordei com a sensação de que dormi em uma cama que balançava, me deixando completamente enjoada. Mas eu não diria isso ao homem dormindo de bruços ao meu lado. Também não faria qualquer alarde sobre isso. Me levantei apressada e entrei no banheiro, e antes de esvaziar todo o conteúdo do meu estômago, eu liguei o chuveiro e tranquei a porta.Sentada no chão, eu esperei toda a sensação passar. E quando finalmente consegui parar de vomitar, destranquei a porta e o encarei, ainda dormindo. O alívio foi como um arrepio por todo o meu corpo. Tateei para o chuveiro, onde me sentei no chão e passei boa parte do tempo apenas refletindo.Nós havíamos brigado muito na noite anterior. Na madrugada, para ser mais exata. E então, como se nada importasse, Dominic tomou posse da minha boca e me pegou no colo. Ele me levou para a cama e me colocou deitada de forma cuidadosa. Nós não fizemos sexo naquela noite. Nós fizemos algo bem, além disso. Eu nem sequer sabia que era possível me senti

Baby Ortiz. Mais flores chegaram. Sempre negras, obscuras e elegantes ao mesmo tempo. Uma caixa grande as acompanhava. Eu a abri com calma, ao passo em que escutava Ava se aproximar. Ela se sentou na cama, logo a minha frente e me encarou.— O que é isso?Meus dedos estavam trêmulos, atrapalhando bastante o desatar dos laços. – Eu não sei. – Sussurrei.Mas quando a minha mente divagou para cenários catastróficos, imaginei partes do corpo do Dominic ali dentro. Em pânico, recusei-me a abrir o novo presente.Ava estava tão curiosa que não podia esperar, então, sem permissão, ela o fez por mim. Eu agradeci mentalmente, ainda que não estivesse pronta para ver o que se encontrava ali dentro.Havia respondido todas as dúvidas do Dominic, mas ainda havia algo que eu não contei. Nunca contaria. O que ele pensaria de mim se eu fosse algum tipo de traidora? Respirei fundo quando desviei o olhar da caixa.— Aí. Meu. Deus. – Ava gritou em seguida, quase me tornando uma garota surda. – Você tem q

Baby OrtizSenti vontade de morrer quando a vi segurando nos ombros do Dominic, quase como se estivesse prestes a pular nas costas dele. Eu odiei ver a forma como ela parecia tão feliz, exatamente como eu me sentia há segundos atrás. Me senti traída por ele não me contar o que pretendia. Que a levaria para nossa casa. Que ela estaria no meu casamento. Pior, que o meu casamento seria junto com o dela.Antes que pulasse no pescoço da infeliz, eu me virei e andei para fora da varanda descendo os poucos e baixos degraus a minha frente. Eu olhei para trás por um instante, apenas para ver, mesmo que embaçado pelas lágrimas, aquela mulher segurando no braço do meu noivo. Ela dizia-lhe algo, que por ser tão baixinha, Dominic precisava se inclinar para escuta-la. Isso deixava a boca dela muito próxima a seu rosto.O que me irritou profundamente! Ele não veio atrás de mim depois disso, oque que me fez deduzir que ele a preferia, ao invés de mim. Depois notei que estava sendo um pouco infantil.