《Sthephania》Despertei ao sentir o calor familiar de Matteo envolvendo meu corpo, sua respiração morna acariciando a curva do meu pescoço. Estávamos entrelaçados sob os lençóis revirados, com os vestígios da noite anterior ainda marcando nossos corpos — e meu interior ainda vibrava com as memórias.O quarto estava mergulhado em penumbra, a luz tímida da manhã filtrando-se pelas cortinas entreabertas, tingindo a pele dele com tons dourados. Meus olhos vagaram lentamente por cada detalhe: o traço firme do maxilar, os ombros largos, o peito subindo e descendo num ritmo tranquilo... Ele era pura escultura, mas viva, quente, minha.Passei os dedos lentamente sobre a linha que separava seu abdômen do lençol amassado. Meu toque era leve, quase preguiçoso, mas carregado de intenção. Queria provocá-lo. Queria que ele acordasse já desejando me devorar.Como se ouvisse meus pensamentos, ele abriu os olhos. E quando nossos olhares se encontraram, aquele sorriso lento

《Sthephania 》Seguimos juntos para a empresa. O trânsito estava mais lento que o habitual, o que nos deu tempo para conversar com calma. Enquanto a cidade passava pela janela, envolta na luz dourada da manhã, contei a Matteo em detalhes toda a minha conversa com meu pai.— Fico feliz que vocês estejam se entendendo — ele comentou, dirigindo com uma mão enquanto a outra permanecia entrelaçada à minha, seus dedos firmes e carinhosos.— É... eu também. Mas deixei bem claro que não estou disposta a abrir mão de você — murmurei, apertando levemente sua mão, como quem sela uma promessa.Ele me lançou um olhar breve, mas cheio de ternura, antes de responder com suavidade:— Então somos dois.Sorri, sentindo o coração se aquecer no peito.— Ele insistiu bastante para que almoçássemos na mansão no sábado, e... sendo sincera, eu não queria ter que ver a cara da Selma e da Valesca tão cedo. Mas... — suspirei, deixando a frase morrer.— Só está fazendo isso pelo seu

《Matteo》 O dia havia sido corrido — reuniões, conferências, telefonemas intermináveis. Um verdadeiro turbilhão. Quando o relógio finalmente marcou o horário do almoço, soltei um suspiro de alívio e comecei a juntar minhas coisas. Já me levantava da cadeira quando Felix entrou na sala. — Está de saída, irmão? — perguntou, encostando-se à porta com aquele tom casual de quem já sabia a resposta. — Sim. Combinei de almoçar com a Phani. Vamos contar à minha mãe e à Melyssa sobre... as novidades — respondi, e não consegui conter o sorriso que se formou no canto dos lábios. Felix ergueu uma sobrancelha com expressão divertida. — Que seria...? — Até parece que você não sabe — retruquei. — Com essa felicidade toda, é bem difícil não saber. — Brincou. — Mas, o motivo de passar aqui, era para irmos para lá juntos, se importa se eu acompanhar vocês. Preciso conversar com você. — Conversar? Houve Algum problema? Algo da empresa? — Na verdade, não tem nada a ver com a empresa. Acho

《Pablo》 Deixo o restaurante com os punhos cerrados e o sangue fervendo. Cada passo que dou ecoa no asfalto como se o mundo inteiro fosse cúmplice da minha raiva. Quem aquele idiota pensa que é para me expulsar? Acha que agora é dono do mundo só porque tem um restaurantezinho de fachada charmosa e uns trocados no bolso? Ver Sthephania ali ao lado dele foi o estopim. Ela realmente voltou com aquele ninguém. Tudo bem, agora ele tem algum dinheiro, mas nunca será um Oliveira. E eu, se quiser, posso acabar com esse restaurante de meia tigela. Não seria difícil. Bastaria um telefonema — e adeus, fachada gourmet. Estou tomado por uma fúria surda. Se minha mãe não tivesse se enfiado no meio, nem aqueles seguranças idiotas teriam sido capazes de me impedir. Matteo pode até se achar agora, mas se depender de mim, esse estrelismo dele tem data pra acabar. Eu estava relutante quanto às exigências do meu pai. Aquele velho fez questão de arrancar até a última

《Sthephania 》O expediente finalmente chegou ao fim — depois de um dia corrido, repleto de reuniões, prazos e conversas interrompidas. Suspirei aliviada enquanto recolhia minhas coisas. Mandei uma mensagem rápida para Matteo avisando que já estava saindo, e a resposta veio pouco depois."Infelizmente, vou precisar ficar até mais tarde. Me desculpa."Respondi dizendo que entendia e que chamaria um carro para casa, já que ele não poderia me levar. Ele pediu que eu o avisasse assim que chegasse e prometeu ligar quando saísse da empresa.Concordei, abri o aplicativo e solicitei um carro. Por ora, essa era minha única alternativa — pelo menos até sábado. Depois de muita insistência do meu pai, acabei cedendo e aceitei ficar com um dos carros dele, mesmo relutante.———Quando cheguei ao apartamento. A luz natural começava a se apagar lentamente, dando espaço às lâmpadas acesas da cidade que piscavam pelas janelas. Entrei, envolta pelo silêncio familiar do lar va