Daphne O contato foi rompido. Um beijo quente, seus lábios nos meus, causando arrepios involuntários. Meu coração ao ponto de explodir como uma bomba relógio. Os olhos fechados. Eu estava sonhando? Que tipo de homem era esse, que me desprezava e depois me beijava como se quisesse aliviar minha dor? Um morde e assopra. — O que está fazendo? – sussurrei, abrindo os olhos lentamente. Mas Haiden não olhava para mim. Sua atenção estava na janela ao lado de mim. Quando me virei, me deparei com um jornalista, tirando fotos de nós dois. Revirei os olhos. O ar saindo pesadamente do meu peito, a decepção aflorando novamente pela minha pele. Haiden só me beijava porque estávamos sendo observados. Era o assunto em fingir ser uma boa esposa, o papel de ser um casal exemplar sem que ele se importasse com o que eu realmente sentia. Ele se virou para frente, ligou o veículo e saiu como se nada tivesse acontecido. Eu odiava essa maneira dele reagir, mas o gosto do beijo ainda estava na minha boc

Daphne A coisa toda mexeu comigo, a maneira como o Haiden reagiu à minha declaração de amor não foi como imaginei e esperava, mas não queria dizer nada. Ele não disse nada. Nem que me amava, nem que me odiava, mas que estava confortável com essa situação. Talvez eu precisasse dar tempo a ele. Pensei assim que despertei com alguém chamando o meu nome. Cerrei os olhos para adaptá-los à luz do quarto e vi Rosália parada à frente com uma bandeja de comida nas mãos. Era estranho vê-la nessa posição, me servindo e fazendo o papel de mãe amoroso. Eu não estava acostumada a ser tratada assim por ela, porque eu nunca havia experimentado a sensação de ser tratada como filha dela. Eu me levantei lentamente enquanto ela colocava a bandeja na minha frente. Passei os olhos pelo quarto, Haiden não estava lá. — Onde está o Haiden? – minha voz saiu com uma rouquidão fora do normal. — Ele está no escritório – ela respondeu, permanecendo de pé ao lado da minha cama – ele pediu para que você tomass

Daphne Eu me afundei em um abismo de possibilidades de onde achei que não conseguiria sair. Ember com Ramon poderia causar algum estrago na minha vida? Que tipo de situação eles podiam tramar contra mim? Evangelina continuou falando e era como um zumbido nos meus ouvidos, coisa essa que eu não entendia. — Você está me ouvindo, Daphne? – ela me sacudiu e foi só assim que consegui prestar atenção a ela – como está o seu relacionamento com o Haiden? Uma onda de ansiedade e pavor caiu sobre mim, nem ouvindo o nome de Haiden aliviava o medo que me assombrava. — Está tudo bem – respondi sem emoção – ele está mais atencioso, carinhoso. Acho que o nosso casamento é real dessa vez. Evangelina deu um salto da cama, tampando a boca como se tivesse escutado a notícia mais fantástica de toda a sua vida. Ela deu pulos e se segurou para não gritar. — E você me conta isso, assim? – Eu apostava que ela estava tentando entender como um homem como ele se casou com alguém como eu – você está casad