Daphne
Um sorriso debochado repuxou seus lábios vermelhos. Ember ajeitou a postura e me analisou como um raio-x, dos pés à cabeça. Ela ainda me desprezava ou fingia tal sentimento, mas eu não ligava.
— Fiquei sabendo que você abrigou a nossa mãe na casa do Haiden – ela disse, olhando para ele, que permanecia parado na porta do escritório – quanta coragem. Ou você é ingênua, ou só está fazendo papel de boa moça.
O escritório parou para nos assistir, como se fossemos um espetáculo imperdível. Eu sentia os olhares quentes sobre mim e eles podiam até apostar quem venceria.
— Não tenho mais nada para falar com você – eu a olhei pela última vez – volte ao trabalho, se é que você sabe fazer isso.
— Eu só recebo ordens do CEO – ela disse em alto som para que todos ouvissem – eu não obedeço a ordens de secretarias.
Risos ressoaram pelo ambiente. Olhei ao redor, eles tentando disfarçar, mas estava na cara o quanto estavam se divertindo com minha derrota. Passei a ser odiada no momento em