No Brasil, a noite passou rapidamente.Eram oito da manhã quando Beatriz terminou um café da manhã simples, colocou uma mochila nas costas e saiu de casa.Parou na calçada em frente ao condomínio, com o celular na mão, prestes a chamar um carro por aplicativo.Ainda digitava o destino quando um sedã branco parou ao lado.— Senhorita, vai pra onde? Posso te levar. — Disse o motorista, um homem de meia-idade, com o rosto simpático inclinado pela janela.Beatriz levantou os olhos, ligeiramente surpresa.O homem foi logo emendando, como se adivinhasse a dúvida dela:— Acabei de deixar uma passageira aí no seu prédio, te vi saindo. Vem comigo, ué. Sou motorista de aplicativo, tudo certinho no sistema, tá? E em plena luz do dia, pode ficar tranquila.Para reforçar a credibilidade, ele virou o celular e mostrou a tela: o aplicativo aberto, com os dados do carro, modelo, placa.O tom era exageradamente prestativo.Beatriz, cautelosa, contornou até o outro lado do veículo para ver a placa e dig
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