Ana Kelly Narrando A água ainda escorria dos nossos corpos quando ele desligou o chuveiro e estendeu a toalha pra mim, com aquele jeitinho de quem cuidava e mandava ao mesmo tempo. — Cuidado, amor... com esse barrigão, qualquer escorregada é perigosa — ele avisou, me segurando firme pela cintura. — Relaxa, eu tô bem, Anthony — respondi, mas mesmo assim deixei ele me guiar devagar até o quarto. Ele me sentou na beirada da cama e foi buscar uma muda de roupa confortável pra mim. Vesti um vestido fresco, soltinho, que abraçava meu corpo e deixava minha barriga ainda mais em evidência. Escolhi uma sandália de tiras baixas, prática. Antes de sair, borrifei um pouco do meu perfume favorito, aquele que ele sempre dizia que era “cheiro de Ana Kelly”. — Como é que tá indo a Marcela na empresa? — perguntei, enquanto ele pegava as chaves e a carteira. — Tá bem. Tá tocando as coisas direitinho, sabe o que faz. Mas... — ele me olhou de lado — não vai querer aparecer lá hoje, né? — Ué, e po

Karen NarrandoEu não conseguia parar de sorrir. Sabe aquela felicidade que transborda? Era isso que eu tava sentindo. E não era só por mim… era por nós. Pela Ana Kelly, que tava radiante mesmo com aquele barrigão. Pela Marcela, que finalmente parecia dar uma chance pro coração. E, claro, por mim, que agora carregava um grãozinho de amor dentro de mim.— Tô grávida! — eu disse de novo, só pra ouvir a reação das meninas mais uma vez.Ana Kelly soltou o garfo, arregalou os olhos e me olhou como se tivesse ouvido errado.— Como assim, mulher? — ela disse com a boca meio aberta.— Surpresa, né? Eu queria contar de um jeito especial, e esse almoço entre amigas foi o momento perfeito.Jéssica bateu palminha, animada.— Pronto, agora só falta a Marcela entrar pro clube das comprometidas! — ela brincou, olhando direto pra Marcela, que corou na hora.— Ihhh, tá rolando sentimento, hein — provoquei, já cutucando o braço dela.— Gente, é sério — ela disse, tentando esconder o sorriso. — O Vitor

Victor narrandoEu que pensei que ia terminar a vida sozinho… Porque, convenhamos, essa vida de garanhão tem prazo de validade. E, sinceramente, por mais que nunca tenha me faltado mulher, chega uma hora que a alma pede mais. Assim como o Anthony, eu fui aquele cara que teve fila de secretárias, clientes, assessoras, tudo querendo um pedaço. Mas a diferença é que o Anthony sempre foi mais... intenso. Ele dava abertura demais. Aliás, acho que não teve uma secretária que não foi parar na cama dele.Lembro bem quando ele apareceu no meu escritório, destruído, depois da Carla dar um pé na bunda dele. Cara, eu pensei que ele amava de verdade aquela mulher, porque ele tava desnorteado. Dei uns gritos nele, mandei ir pra casa pensar na vida. Não era possível um homem que tinha três, quatro mulheres ao mesmo tempo estar tão quebrado por uma só. Mas aí eu entendi. Ele não tava acostumado a levar fora. Sempre foi ele quem dispensava. A Carla jogou na cara dele que não aceitava ser uma entre vár

Victor Narrando Chegando perto dela, senti o cheiro doce que ela sempre trazia. Aquele perfume que grudava na pele e fazia meu peito queimar de vontade. Não deu outra: puxei ela pra perto, encaixando meu corpo no dela. O beijo veio quente, urgente, daqueles que não tem meia palavra, só sentimento — e vontade.Minhas mãos não tiveram cerimônia pra subir, pegar firme, sentir o corpo dela. Peguei os seios dela, apertando devagar, sentindo a pele macia, o calor que só aumentava. Ela correspondeu, fechando os olhos, se entregando, deixando o corpo falar.— Tá à vontade, Marcela? Me diz que tá tudo bem, que quer isso tanto quanto eu. — Eu sussurrei no ouvido dela, com voz rouca entre um beijo e outro. Ela mordeu o lábio inferior, aquele sorriso tímido misturado com desejo, e respondeu, quase sem ar:— Tô sim, Victor. Quero você aqui, agora.Ver ela assim, se permitindo, me deixou mais louco. Era uma mistura de respeito, de cuidado, e aquela vontade selvagem de tomar tudo. Mas eu não queri

Victor narrandoEla está aqui, completamente entregue. O corpo nu, estendido sobre a cama, os olhos semicerrados, os lábios entreabertos, o peito subindo e descendo num ritmo que gritava desejo. Eu me ajoelhei entre as pernas dela, sentindo meu coração bater mais forte só de olhar aquela mulher maravilhosa se abrindo pra mim.Me inclinei, deslizando os dedos lentamente entre suas coxas, encontrando aquele ponto que já conhecia com perfeição. O clítorïs dela estava sensível, pulsando, implorando por mais. Passei a ponta dos dedos com leveza, só para provocar, e ela se arqueou de leve, soltando um gemido abafado.— Ainda tá tão molhada… — murmurei, me perdendo na visão de seus olhos fechados, da respiração acelerada, da pele arrepiada.Ela apenas sorriu, sem forças pra responder. Com uma das mãos, segurei meu paü, duro, latejando, e comecei a roçar devagar na entrada dela. A sensação de estar ali, à beira de finalmente me enterrar naquele corpo quente e receptivo, me deixou mais excitad