Estevão Narrando Cheguei na casa dos Carter no meio da manhã, já com aquele cheiro de café fresco invadindo a sala e Dona Antonella organizando a mesa com frutas, biscoitinhos e bolos como se fosse um café colonial. Eles sempre foram assim, tradicionais, mas quando o assunto é proteger os seus, viram leões. E dessa vez, a matilha tava unida. Anthony abriu a porta com aquele olhar de quem já tava com a cabeça fervendo. Ana Kelly estava sentada na poltrona, elegante como sempre, mas com os olhos atentos, analisando cada movimento. Senhor Carter veio logo atrás, com a testa franzida, mas quando me viu, abriu aquele sorriso cansado. — Chega mais, Estevão. Hoje o papo é reto — ele disse. — Já imaginei — respondi, sentando no sofá. — A empresa tá um caos por fora, mas aqui dentro vocês parecem uma equipe de espionagem. Anthony deu uma risada curta, mas ainda séria. — É exatamente isso. A gente tá jogando com o inimigo dentro da trincheira. E pra ganhar, precisa de sangue frio. — E co
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