Joshuá não se afastou da namorada nem mesmo quando o sogro chegou preocupado. Todos achavam que aquele desmaio tinha um motivo. Hope foi levada ao neurologista e quando o médico após todos os exames perguntou se a menina tinha vida sexual ativa foi ele quem respondeu.— Não, nós vamos nos casar.Hope continuou em silêncio, mas o rapaz voltou para casa aliviado pelos resultados dos exames. Prometeu que ela teria sua festa de formatura, nem que ele precisasse convidar pessoalmente cada aluno da faculdade.— Não fica triste, vamos fazer uma festa, eu alugo um lugar mais bonito do que aquele e chamamos todos os seus amigos, prometo que levo o convite em cada uma das casas e dirijo uma limosine o dia inteiro para lá e para cá só para que você possa subir no palco e recitar o seu discurso.— Não quero uma festa, não queria nem essa.O rapaz não discutiu e o tempo passou estranho até o dia em que ela havia confessado estar grávida de um suposto amante.Agora que sabia a verdade, achava que p

Joshuá achava que todos tinham sua parcela de culpa naquela história, mas não entendia o porquê ninguém parecia enxergar isso.— A minha namorada só queria uma festa, um passeio para comemorar a formatura. Eu detesto aquelas músicas e o cheiro de cigarro, mas também detestava você e mesmo assim, eu aceitei vir para cá quando a minha mãe pediu.— Hei, calminha aí. Achei que a gente já tinha resolvido isso. Eu amo a sua mãe, Joshuá.— Eu sei! E eu gosto de você, de como cuida da Eva, do Aron, de mim, mas para descobrir isso eu precisei enfrentar aquilo que eu detestava para ver um sorriso no rosto da minha mãe. Fiz por ela e esqueci de fazer pela Hope. Eu podia estar lá e nada disso teria acontecido.Joshua, a culpa não é sua, filho.— É minha! Mas também é sua, do meu padrinho, do soldado que está no hospital, do Ivan e de todo mundo aqui. Sério que ninguém viu o Ed sair daqui com ela? Nenhum soldado viu ela pulando a janela? E até o Ed, porque ele estava sozinho em uma festa como aque

Tank voltou para casa, ainda sentia aquela sensação horrível como se as pernas estivessem presas em um poço de água fervente, mas tudo mudou quando Lara apareceu com um aparelho que mais parecia um daqueles rádios de comunicação antigos que as crianças usavam para brincar de polícia e ladrão.Dállia estava deitada em seu peito e ele não queria soltá-la, por sorte a médica chegou e só brincou com o casal.— Trouxe um presente!A namorada de Tank olhou curiosa.— O que é isso?Lara levantou o aparelho que Tank tinha certeza de que era um rádio de comunicação.— Chama-se Doppler fetal. Serve para ouvir o coração do bebê.Lara respondeu levantando o aparelho como um troféu.Tank sentiu a garganta fechar. Engoliu em seco, estava tentando falar desde que Joshua o livrou da máscara de oxigênio, mas a garganta teimava em não obedecer.— E só avisando, bate rápido e não é de medo.A médica fez piada com a reação do namorado de Dállia a primeira vez que ele ouviu o coração do filho. Sabia que a

Tank respirou fundo, quis gritar para que o amigo fosse embora, depois pensou que fosse providencial. Estava quase ultrapassando todos os limites, ou acabaria se afundando dentro daquela mulher em seus braços, ou se sujando com o próprio prazer.Estava literalmente à beira de um precipício.Pensou, mas acabou caindo em uma gargalhada que fez seu corpo inteiro doer.Dállia virou o rosto para a porta e gritou.— AGORA NÃO! ESTAMOS OCUPADOS.A risada de Tank fez Nick recuar um passo, ficou óbvia a ocupação de que Dállia estava se referindo.Depois de reclamar de dor e colocar a mão na costela, Tank pediu um abraço.— Vem aqui, minha flor. Não vamos deixar a noivinha esperando.— Só mais um pouquinho.— Não senhora, vem cá.Tank puxou o lençol e cobriu a ambos. A cama no meio da sala não deixava espaço para fugas, precisou puxar um travesseiro para cobrir uma determinada parte do seu corpo que parecia ter vocação para o exibicionismo.Assim que teve certeza de que estavam decentes, chamou

Tank olhou para dentro do quarto. Começou a achar que a felicidade era complicada demais, que tudo de bom vinha com um preço alto a se pagar.A irmãzinha que parecia nunca ficar grande o bastante para andar sozinha, ele a amava, mas às vezes queria uma folga.O pai que o coração escolheu em segredo, mas que também podia ser tão brutal nos castigos quanto Russo.Sorriu quando pensou em Nick, o amigo que trazia no pacote dois filhos chatos e uma esposa meio sem noção.Depois Tanner, nunca imaginou que gostaria tanto da sensação de ser pai, mas o encrenqueiro sempre acordava na melhor parte da noite e já estava ficando cansado de brincadeiras rápidas. Tank gostava de se demorar no corpo da namorada como quem desfruta o processo.Nunca foi assim, sempre gostou de sexo forte e rápido, cinco minutos, um copo de água e adeus. Odiava como as mulheres ficavam depois do prazer, ele queria descansar, elas queriam falar, pedir, cobrar...Com Dállia tudo isso mudou, gostava de saborear a pele dela