Eu peguei minha arma. Isso só me daria algum tempo; escondi-a bem na parte de trás da minha calça.Borrifei um pouco de água no rosto, pois ele parecia pálido.Ele estava aqui; eu podia sentir. Voltei para a sala de estar, mas não havia ninguém ali. Talvez eu estivesse enganada; mas então senti a presença bem atrás de mim. Soltei um grito, mas suas mãos em volta da minha boca abafaram meu som.— Faça uma besteira e a querida Daisy vai pagar por isso. — Ele avisou, e eu assenti com a cabeça. Ele finalmente me soltou, mas não antes de puxar a arma de onde eu a havia escondido.— Vou ficar com isso.— Fique longe de Daisy. — Eu o adverti.— Por quê? Seria porque está com ciúmes?— Você me dá nojo.— Eu não acho. Eu consigo te ler, e sei que você queria estar no lugar de Daisy; queria abandonar a cautela, as normas e se entregar a mim, mas nunca vai admitir isso.— O que você quer?— Simples. Você.— Você não pode me ter. Eu não sou um brinquedo.— Se eu não posso, então ele também não dev

Uma curandeira nos acompanhou até a ala onde Ethan estava sendo mantido. Thane e eu entramos de mãos dadas.Tudo o que podíamos fazer era observar o bebê através do vidro da incubadora, mas vê-lo pela primeira vez me fez chorar. Ele era tão pequeno e lindo.— Esse é o nosso bebê. — Sussurrei.Thane me abraçou apertado.— É sim. E ele vai ter a melhor infância de todas. — Prometeu.Aproximei-me do vidro e coloquei as mãos contra ele.— Mamãe está aqui, Ethan..— Ele se parece muito com você, Thane. — Disse eu quando voltamos da ala.— Discordo; ele tem a mesma cor de cabelo, mas herdou seus olhos e seu nariz fofinho.Pensando bem, ele tinha razão; Ethan tinha traços de nós dois.— Tenho uma surpresa pra você. — Disse Thane.— Tem mesmo?— Sim.— Onde está?— Fecha os olhos.Fechei, e ele me pegou no colo, estilo noiva.— Eu posso andar, sabia. — Protestei, mas no fundo adorava ser carregada por Thane.— Não quero que você esbarre numa pilastra. E, por favor, mantenha os olhos fechados.

Isabella tentou se afastar dele, talvez por minha causa, mas ele não a soltava; ele a segurava firme, beijando-a. Suas mãos deslizavam pelo corpo dela, o desejo nos olhos dele era evidente — Não, esse não era ele; era o seu lobo, e eu sabia disso, mas ainda assim não consegui conter as lágrimas. Eu deveria ir embora; eu não deveria estar presenciando isso, mas simplesmente não conseguia me mover. Vi ele rasgar as roupas dela, e finalmente ela o puxou de volta.— Thane! — Ela chamou, dessa vez mais alto.Ela queria aquilo; eu via nos olhos dela, e podia sentir no ar, mas ela estava fazendo aquilo porque queria ser minha amiga; o problema é... isso não ia funcionar.Thane piscou.— Isabella? — Ele chamou.— Acho que eu estava errada. — Ela murmurou, ainda ofegante.O olhar de Thane encontrou o meu; eu vi o pedido de desculpas silencioso e o arrependimento imediato em seus olhos. Dei um passo para trás, depois outro, e então comecei a correr. Eu não sabia exatamente para onde estava indo,

ISABELLA— Sabe, ela está certa. — Eu disse para Thane. Eu sabia que ele estava considerando ficar em outro quarto; isso não seria o ideal, e eu não estava sugerindo isso apenas porque queria dividir o mesmo quarto com ele.Me acomodei na cama com minha camisola, e talvez eu tenha exagerado um pouco escolhendo algo sexy, mas Thane nem sequer pareceu notar, e uma parte de mim se sentiu levemente... decepcionada.Ainda acreditava que isso podia funcionar; Thane nos amava, às duas, e ele podia ter as duas. Eu não me importaria com o tempo que ele passasse com Riley, desde que ele também estivesse comigo. Pode parecer patético, mas eu já tinha aceitado o fato de que ela sempre faria parte da vida dele.Ela o ajudou a se recuperar do estado em que eu o deixei, e por isso, eu era grata.Observei Thane se acomodar no sofá.— O que você está fazendo? — Perguntei.— Tirando um cochilo. — Respondeu ele, como se isso não estivesse óbvio.— Você não precisa dormir no sofá; deite comigo na cama.—

— Como tem sido a vida nas sombras? — Perguntei a Logan.— O que você acha que seria? — Ele rebateu a pergunta.— Talvez triste, solitária, lamentável.— Foi tudo isso, mas eu precisava ser assim, sabendo que você era o completo oposto.— E sobre Isabella, foi você quem a despertou?— Não, não fui eu — o que você pensa que eu sou? Não sei como ela despertou, mas coisas estranhas acontecem, irmão. Ela me disse que perdeu a memória, mas eu a reconheci quase que instantaneamente, e soube que ela era sua companheira. Acredito que tudo é destino. Digo, ela apareceu no momento em que você mais precisava dela.— E você? Tem uma companheira?— Tive. Eu a matei.— Acho que talvez tenha encontrado alguém compatível. — Murmurei com um sorriso no rosto, enquanto tomava mais um gole de uísque.— Foi um erro; assim como você, eu não fazia ideia da maldição do Lícan, e então, de repente, aconteceu. Foi um acidente, mas, bom, eu não deixaria você passar pelo que eu passei.— Então deixa eu ver se ente