— Slade. — Chamei de novo, mas não houve resposta. Claro, justo quando eu mais precisava dele, ele resolveu brincar de desaparecer. Eu não ia aceitar isso.— Quer que eu suplique?Isso parecia ridículo; eu estava sozinho no meu escritório, chamando pelo fantasma do meu pai morto, e qualquer um que me visse naquela cena com certeza acharia... perturbador.— Dá pra ver que você precisa de algo. — Disse a voz. Slade finalmente apareceu.— Achei que tinha te perdido de vez.— Você não fala isso como se fosse algo ruim.— Quero dizer, eu preciso de respostas, mas se eu puder parar de ver o seu fantasma, seria ainda melhor.— Eu devia me sentir ofendido, mas já me acostumei com o seu jeito de demonstrar carinho.Olhei para o meu pai. Um dia, eu temi esse homem; o mundo todo o temia. Ele era o terror em forma humana — ou, agora, em forma de fantasma. E agora... ele não era nada. Eu não conseguia evitar sentir certa pena, mesmo sabendo que ele mesmo cavou a própria cova desde o começo.— Por a

RILEYEu andava de um lado para o outro no meu quarto.E se ele tivesse algo importante para me dizer?Eu não deveria ter batido a porta na cara dele como fiz mais cedo, foi errado da minha parte.Ele estava certo; eu estava afastando ele, e temia que ele acabasse indo procurar a única pessoa disponível e disposta a ouvi-lo.Quer saber? Que se dane.Ele estava certo; eu não conseguiria continuar com isso, era simplesmente impossível. Voltei para o quarto de Thane. Nada havia mudado desde que eu saí.Fui até o quarto interno, me movendo o mais silenciosamente possível… e parei de repente.Bella estava com as pernas enroladas na cintura de Thane. Fiquei parada ali, observando os dois; usei todas as minhas forças para conter as lágrimas e me virar.Era tarde demais. Eu mesma o empurrei direto para os braços abertos de Isabella. Se eu ainda tivesse lágrimas, teria deixado todas caírem.Eu não conseguia dormir, não conseguia pensar, e pela primeira vez me perguntei se deveria ter aceitado a

PONTO DE VISTA DE DAISYNão era a mesma coisa.Quando Daemon fez amor comigo, quando ele me mordeu, tudo o que senti foi prazer. Talvez eu não tenha percebido no começo, mas ele se tornou como uma droga viciante — quanto mais eu tinha, mais eu queria. Achei que fossem apenas as mordidas, e por isso tentei conseguir isso com Riley, mas não era a mesma coisa.A Luna sabia onde ele estava. Por que não me contaria?A cada dia, tudo piorava.Revirei meu caderno; ele ocupava cada página.Eu o desenhei umas cem vezes, e mesmo assim peguei uma caneta, pronta para fazer mais uma imagem. Esse era o único jeito de manter minha sanidade enquanto pensava nele.Vinte minutos depois, terminei um desenho perfeito dele. Nesse desenho ele estava sem camisa, aqueles fios de cabelo preto brilhante caíam sobre os olhos. Meu Deus, como ele era sexy.— Olá, Daisy. — Chamou a voz.Por um momento, achei que fosse coisa da minha cabeça. Soava tão real. Lentamente me virei, e lá estava ele. Mas eu não tinha cert

RILEY— Finalmente você apareceu. — Murmurei, deixando Thane entrar.— Você está brava comigo? — Ele perguntou; é claro que percebeu isso quase imediatamente.— Não, não estou.— Você parece estar, Riley.— Como você achou que eu me sentiria? Odeio o fato de que você precisa ficar com ela.— Você disse que era isso que queria. Eu não queria nada disso, mas fiz por você, e agora vai jogar tudo nas minhas costas?— Eu não sabia o que estava pensando.— Isso quer dizer que vai voltar para o quarto e parar com tudo isso?Balancei a cabeça, mas não disse nada.— Quando falei sobre a ideia de vocês duas ficarem no mesmo quarto, não pensei que teriam que compartilhar a mesma cama.— Você viu, não foi?— Sim, eu vi.— Não aconteceu nada entre nós dois.— Eu sei disso, mas não pude deixar de notar como vocês pareciam combinar perfeitamente. Ela estava com as pernas enroladas em você, e você parecia gostar da companhia dela. Eu já não sei mais o que pensar.— Eu te amo.— Onde está esse amor? Eu

AVISO DE GATILHO: OS PRÓXIMOS CAPÍTULOS CONTÊM CONTEÚDO SENSÍVEL; LEIA COM CAUTELA.Lágrimas escorriam pelo meu rosto enquanto eu encarava o corpo sem vida de Daisy; seus olhos ainda estavam abertos, congelados em choque.— Por que você fez isso? Ela não te fez nada!— Aí está você de novo, se importando com a mesma pessoa que te traiu.— Foi você quem fez isso, quem bagunçou a cabeça dela.— Ela já estava perdida, Riley. Eu teria deixado ela ir, mas ela ia surtar e vir atrás de mim. Era uma ponta solta; eu tive que matá-la.— Você não precisava, mas fez mesmo assim, porque não passa de um monstro.— Eu tornei a morte dela rápida; deveria ganhar uns pontos por isso, não acha?Eu acertei um soco no rosto dele; poderia ter afetado qualquer lobisomem, mas ele não era um.— Eu sou mais forte que você, Riley. Você é só meio demônio; realmente acha que pode me machucar?Lancei outro soco, mas ele segurou meu pulso no ar. Me soltei do aperto dele antes de abrir minhas asas e disparei em direç