Eu tinha preparado exatamente o que diria para Thane, mas no momento em que ele entrou, tudo que ensaiei por horas desapareceu completamente.O cabelo castanho dele caía sobre seus olhos âmbar, e isso era tudo que eu conseguia pensar: como os olhos dele eram lindos. Eu não podia perdê-lo, não só porque ele era o homem mais bonito que eu já tinha visto na vida, mas porque eu me apaixonei tanto por ele que não conseguia imaginar viver sem ele.— Riley. — Ele chamou.— Bem-vindo de volta, Thane. — Respondi.— Você parecia meio perdida me observando. — Ele comentou, sorrindo antes de se aproximar. — Tenho algo para você.— Oh. — Respondi. Ele tirou a caixa e a abriu, mostrando uma pulseira dourada com desenhos florais em esmeralda e azul.— Só consegui pensar em você quando vi isso. — Disse, pegando minhas mãos e colocando a pulseira em meu pulso. Sem dúvida era ouro puro; parecia muito bonita e cara também.— Thane, eu não posso aceitar isso. — Disse, mesmo querendo muito.— Riley, não re

Eu estava a caminho do apartamento de Axel quando dei de cara com minha mãe — ela devia estar me esperando. Virei na hora, tentando evitá-la; ela era a última pessoa que eu queria ver, mas senti sua mão firme agarrar a minha.— Por favor, Riley, vamos conversar. — Ela disse.Conversar? Pra quê? Já conversamos e isso só trouxe mais problemas. Talvez o melhor fosse mesmo evitar qualquer papo com ela — assim, ela poderia continuar guardando seus segredos pra si.— Eu não preciso falar com você agora. Me solta. — Eu disse. Minha voz saiu tão fria que eu quase não acreditei que era minha. Ela finalmente me soltou.— Você estava certa, eu nunca quis você com ele. Nunca estive de acordo com isso, então eu sabia que contar a verdade acabaria com o que vocês tinham. Se ao menos eu soubesse o quanto estava te machucando no processo... Agi de forma egoísta, mas acho que tenho uma solução. — Ela disse, com um olhar sincero.— Não, você não tem. A única coisa que você consegue fazer é arrumar mais

— Já se passaram vinte e quatro horas? — Perguntei a Axel.— Ainda faltam vinte horas. — Respondeu Axel, e eu gemi.— Ei... e agora?— Ainda faltam vinte horas, talvez menos vinte segundos. Riley, você precisa se acalmar.— Me acalmar? Como você espera que eu me acalme? — Perguntei, frustrada com tudo. — Sabe de uma coisa? Desculpa... eu sei que posso ser bem irritante, mas essas quatro horas já parecem um dia inteiro.— Talvez porque a gente está praticamente sentado esperando as vinte e quatro horas passarem.— Tem alguma ideia de como passar o tempo?— Você já usou uma arma antes?— Que pergunta aleatória. Não, só segurei uma algumas vezes.— Então isso vai ser divertido... coloca uma calça, a gente vai sair. — Ele disse.— Minhas roupas estão no quarto do Thane, e eu não vou voltar lá.— Eu posso achar algo que seja um pouco pequeno pra mim. — Disse ele, me encarando de cima a baixo. — Você é bem pequena.Lancei um olhar irritado e mostrei a língua como uma criança. — Talvez você é

Eu estava sozinha no quarto de Axel; houve uma emergência e ele precisou sair. Ele disse que voltaria logo, mas já se passaram cinco horas.Dane-se.Peguei o envelope e saí, indo direto para o quarto que eu havia compartilhado com Thane.Parei diante da porta; talvez eu devesse ter esperado Axel voltar antes de sair, mas agora era tarde demais para voltar atrás.Empurrei a porta e entrei.— Thane, precisamos conversar! — Chamei; eu sabia que havia alguém no quarto, e então vi Bailey sentada no sofá, enrolada em um roupão... o roupão de Thane.Engoli em seco.— Anciã Bailey, o que está fazendo aqui? — Perguntei, e minha voz soou trêmula até mesmo para os meus ouvidos. Ela deu uma tragada no cigarro que segurava.— O que parece? — Perguntou, dando de ombros; não havia um sorriso debochado no rosto dela, mas eu conseguia ver a vitória em seus olhos.Eu não podia acreditar.De repente me senti sufocada; eu não conseguia respirar.Como ele pôde?Essa era a pergunta que eu repetia para mim m

— O “perigo do vento” deixou trinta feridos, cinco deles em estado grave, mas nenhuma vida foi perdida. Os curandeiros estão com as mãos cheias. — Axel relatou a Thane.— O que exatamente causou um vento tão forte assim? Isso não foi nada natural. — Thane murmurou.— Você acha que foi obra de um elemental? — Axel perguntou.— Algo próximo. Os elementais já foram extintos há muito tempo... com exceção de um.— Os anciãos. — Uma voz feminina sugeriu, e claro, era Bailey se aproximando para se juntar à conversa.— Você acha que os anciãos fizeram isso? — Axel questionou.— Não qualquer ancião... foi Nyaos. Ele era um elemental.— Esse deve ser o único ancião que escapou. — Thane acrescentou. A máscara dele já estava de volta, mas eu sabia mais do que ninguém que ele estava furioso; ele odiava qualquer coisa que ameaçasse sua alcateia.— Ele estava mandando um aviso... — Bailey começou, mas Axel a interrompeu.— Mais pareceu uma ameaça.— Eu vou terminar o que comecei. — Thane declarou.—