— Você está bem? — Thane perguntou.— Por que você está aqui? — Perguntei, sem pensar muito.— Você ficou gritando meu nome e chorando; Axel teve que me chamar.— Me desculpa por ter te acordado.— Riley, isso é o menor dos meus problemas. Sobre o que era o sonho?— Era sobre você e aqueles anciãos… estavam tirando seu lobo com a arma amaldiçoada, e ele disse que eu seria a próxima. Foi tão assustador.— Eu estou bem, Riley.— Você não entende; parecia tão real. Promete que vai me manter longe do perigo? — Supliquei.— Eu vou tentar. — Ele disse, e eu sabia que ele só dizia aquilo pra me acalmar, mas mesmo assim aceitei o consolo falso.Agora que eu estava mais lúcida, me senti tão envergonhada. Fiquei pensando em como Axel se sentiu sendo acordado por uma esquisita que chora dormindo.— Ai meu Deus, me desculpa… onde está o Axel?— Ele foi chamar um curandeiro.— Eu tô bem! — Disse, com os olhos arregalados. Seria muito vergonhoso se ele tivesse mesmo chamado o curandeiro.— Eu perceb

Eu estava a caminho do quarto de Axel quando, de repente, senti mãos firmes cobrindo minha boca, me impedindo de gritar.— Te peguei. — Thane sussurrou no meu ouvido.O arrepio que percorreu meu corpo não tinha nada a ver com o frio.Ele me conduziu até o cômodo mais próximo, que por acaso estava “desocupado”. Isso, claro, havia sido planejado por ele.Finalmente, ele me soltou.— O que você está fazendo? — Perguntei, tentando fingir que não entendia nada. Eu estava em pânico ali dentro.— O que parece? — Ele devolveu, e eu pude ver suas presas; o brilho nos olhos dele parecia sobrenatural demais para ser natural.— Parece que você está me sequestrando. Vai me deixar ir? — Perguntei.— Bom, a porta está bem ali.— Então você realmente me deixaria ir? — Questionei, sem confiar muito nas palavras dele.— Só se você conseguir chegar lá mais rápido do que eu. — Respondeu.Talvez eu conseguisse, se o pegasse desprevenido. Disparei em direção à porta. Estava tão perto... e, de repente, Thane

— Precisa de ajuda pra se levantar? — Axel me perguntou com um sorriso falsamente inocente.— Acho que consigo fazer isso sozinha, obrigada. — Respondi, me levantando. Senti uma dorzinha incômoda entre as pernas.— Tem certeza?— Talvez... só um pouco de ajuda. — Acabei admitindo.Ele riu e me pegou no colo, me colocando com cuidado no sofá. Sentou-se ao meu lado.— Eu te avisei, mas você é tão teimosa.— Eu não queria que ele me tivesse de volta tão facilmente. — Murmurei baixinho, pra mim mesma.— Bem, ele te teve. — Disse Axel num tom de quem apenas constata os fatos.— Ok, você estava certo, eu estava errada... e fui teimosa. Feliz agora?— Ele não te machucou muito, né? — Axel perguntou, e eu sabia, lá no fundo, que ele se importava com a minha segurança.— Não, ele não machucou. Mas mesmo que tivesse, a culpa seria toda minha. Fui eu quem implorei por isso.— Ele está se sentindo culpado, e preocupado também. É por isso que me mandou aqui.— Eu não sou tão frágil e quebrável quan

— O que te faz pensar que eu sou menos determinada que você? O que te faz pensar que eu me satisfaria sendo "a outra" ou "a amante"?— Me poupe; eu sei sobre o seu relacionamento com o Beta. Qualquer um com olhos percebe. É só uma questão de tempo até você ter que escolher entre os dois, mas isso não seria necessário se você fosse apenas vista como “a outra”. — Ela disse, usando o meu termo. — Você sempre teria um gostinho dos dois.— Você pode ser antiga, mas isso não faz de todos os outros idiotas, Bailey. Por mais que esteja disposta a tudo para tomar meu título, eu estou disposta a lutar o dobro para mantê-lo. Então, boa sorte tentando pegar o que não te pertence.Ela bufou.— Eu estava te oferecendo uma saída fácil; teria sido bem conveniente para todos nós, mas claro que você escolhe ser uma vadia.— Conveniente para todos nós ou só para você?— Você tem muito a ganhar aqui, criança.— Só um parêntese, Anciã, o termo “vadia” é um pouco antiquado; não estamos no século XVI, caso v

Eu me perguntei o quão ruins seus pais poderiam ter sido para que ele sentisse vergonha deles. Eu conhecia Axel, talvez não tanto quanto Thane, mas sabia que ele era gentil, até mais do que gostaria de admitir.— Você não precisa falar sobre isso se não estiver pronto.— Não, eu quero que você saiba. — Ele insistiu, e eu fiquei muito curiosa para descobrir mais sobre ele. — Quando eu era mais jovem, achava que tinha uma família perfeita; meu pai era o Beta, e naquela época a alcateia enfrentava muitas ameaças; ele estava sempre em guerra, então quase nunca estava por perto, mas quando estava... ele dedicava seu tempo a mim.Eu não tinha percebido o quanto meu irmão era ciumento; eu estava tão presa nas minhas próprias coisas que não percebi que ele passava menos tempo com sua própria companheira e ainda menos tempo com meu irmão Adrian.Axel tinha um irmão; ele nunca mencionou ou falou sobre ele, e isso era realmente estranho. Muitas perguntas passaram pela minha cabeça, mas escolhi fi