Mais tarde, ela tossiu algumas vezes. Bruno pegou um copo de água e entregou para Melissa, muito atencioso.Helena sabia que aquela demonstração de carinho era um teatro que Melissa fazia de propósito para ela ver, para que ela desistisse, mas Helena já estava desiludida com Bruno há muito tempo e aquilo não a abalava.No entanto, a presença de Melissa sempre a deixava desconfortável.Helena pensava em aguentar aquela situação até o fim, quando Agnes falou baixinho:— Da próxima vez que sair, é melhor consultar um astrólogo antes, para evitar encontrar coisas ruins.Helena sorriu levemente:— Mãe, esse seu humor é coisa do tio David?O cachorrinho se aproximou, se metendo na conversa:— Ei, ele é o nosso pai!Helena lhe lançou um olhar esbugalhado. Agnes riu, pensando que sua Helena, tão capaz e brilhante, não se sairia mal com um novinho extrovertido assim. Bonito, corpo ótimo e dentes brancos.Agnes pensou assim por acaso, mas Fabrício realmente tratava Agnes como se fosse sua sogra,

Agnes, com lágrimas nos olhos, disse:— Sim.Ninguém estava mais feliz do que Agnes. Ela era mãe e mulher, e sabia muito bem o quanto a infertilidade machucava uma mulher. Agora que sua filha estava grávida, não importava se a criança era da família Lima ou não, afinal, estavam na área da família Cunha, então essa criança pertencia a Helena.Ela e o marido discutiram sobre o futuro da criança: o gênero, a cor das roupinhas, até a escola já estavam planejando.Helena ficou muito emocionada. Ninguém dizia que a criança era da família Lima, nem tentava convencê-la a não ter o bebê, todos pensavam apenas em como cuidar bem da criança.Ela abaixou a cabeça e acariciou a barriga, pensando: “Essa criança vai ter um futuro esplêndido... Eu vou ser mãe.”A noite estava calma. Helena estava encostada no sofá da sala, com a mão na barriga, pensando no futuro do bebê.De repente, ouviu um barulho lá fora, misturado com a voz dos empregados. Helena se levantou para abrir a porta e ver o que estava

Ana era muito boa em beber, tomou dois copos seguidas de cachaça pura e o rosto nem ficou vermelho.Aplausos por toda parte.Helena saiu da sala privada e correu apressada para o banheiro, onde cuspiu toda a cachaça que estava na boca. O que já tinha descido um pouco pela garganta, ela enxaguou com água da torneira até conseguir expelir tudo.Depois de tudo isso, ela ficou completamente exausta.Fabrício se sentiu inútil. Além de saber dar uns socos e falar com ousadia, ele nem tinha a capacidade de Ana. Depois de dar tapinhas nas costas de Helena, falou com voz rouca:— Da próxima vez vou me esforçar! Vou estudar mais, para não te fazer passar tanta dificuldade, para que você possa aproveitar a vida em casa.Helena levantou o rosto e sorriu:— Não fala assim, como se a gente realmente tivesse algo.O novinho resmungou:— Temos sim! — Depois pensou melhor e continuou. — O que o Bruno sabe, eu também vou aprender. No futuro, vou ser ainda mais forte que ele.Helena ficou surpresa. Por q

Melissa desviou o rosto com força. Antes, Bruno não teria sido tão frio com ela....Cidade D, em um hospital obstétrico de alto padrão.Harley, acompanhada do motorista, carregava um presente para visitar a filha de uma amiga, que acabara de dar à luz um menino de quase quatro quilos. A família do marido estava radiante e já preparava um banquete para a volta para casa. Harley sentia inveja e emoção, ela também queria um neto.Nesse momento, o motorista apontou para uma direção e disse:— Ali não é a Helena? Ela está doente? Por que está num hospital obstétrico?Harley ficou surpresa e olhou para onde o motorista apontava, era realmente Helena.Helena estava acompanhada de Agnes, e junto deles vinha um rapaz alto e forte, saindo do ambulatório.Harley ainda guardava rancor do tapa que Agnes dera, e achava que não era Helena que estava com problema ginecológico, mas sim Agnes.As mulheres adoravam uma fofoca, e Harley não era diferente. Ela esperou Agnes e a filha saírem, ajeitou os ca

Ali dentro, estava o filho que ele tinha com Helena.O ventre de Helena ainda estava plano, mas Bruno conseguia sentir o milagre da vida. Ele fez as contas, devia ter sido naquela vez no apartamento. Nos últimos meses, eles só haviam ficado juntos uma vez, e naquela vez, estavam completamente entregues.Helena desconfiou que ele já soubesse. Observando o arrependimento estampado no rosto dele, ela sorriu levemente e disse:— Bruno, entre nós não existe mais perdão. Se não fosse por essa criança, você já teria ido cumprir o último desejo da sua amada. Ao decidir partir, devia ter pensado nas consequências. Imagino que tenha sido uma decisão bem pensada. Bruno, nós somos adultos. Leite derramado não se recolhe, eu entendo, e você também entende. Naquele dia no teatro, eu vi vocês de braços dados num encontro. Eu pensei sinceramente que vocês realmente combinam, dignos de um amor juvenil. Olha, eu abençoo vocês de coração. Bruno, eu não vou ficar te esperando no mesmo lugar para sempre. S