Capitulo 170— Uma moça... sua esposa. — ela respondeu. — Disse que você precisava, mas que a irmã também precisava de mim. Ela ainda usava aquelas roupas de hospital... aconteceu algo? Ela está bem?Andrews parou de andar por um momento, absorvendo aquela informação.Minha esposa...Ele não disse nada. Mas seus passos o levaram direto ao quarto de Aurora.Aurora estava sentada na cama, pálida, ainda frágil, enquanto Alice a repreendia com olhos marejados e voz aflita.— O que você faria se passasse mal? Se acontecesse o pior? Você pensou em tudo isso?— Está tudo bem agora, Alice... — Aurora respondeu com um sorriso suave, sem esconder o cansaço. — Não vai acontecer mais nada com a gente. Não mais.Alice a olhou como se não soubesse se chorava ou gritava de novo.Foi então que a voz de Andrews preencheu o quarto:— Você é sempre tão imprudente...Aurora levou um leve susto, e o encarou, surpresa.Andrews deu dois passos à frente.Sem dizer mais nada, a envolveu em um abraço demorado,

Capitulo 172— Nada que exija sua preocupação. — Donovan respondeu com calma. — São só assuntos logísticos. Segurança.O que Andrews não sabia era que Donovan havia dado ordens específicas aos seus homens: qualquer coisa sobre Aurora deveria passar por ele antes. Eles não deveriam reportar diretamente a Andrews — apenas garantir a proteção dela e manter o silêncio.Aurora, por sua vez, começava a se sentir sufocada. Não conseguia sair sozinha sem ser seguida discretamente. Suas idas ao médico estavam sendo feitas em horários alternativos, com carros que não pertenciam à casa, e com a ajuda de Jascy e Mariana.Mesmo que tentasse fingir normalidade, o medo da descoberta estava crescendo dentro dela.O segredo era como uma corda apertada no meio da casa, esticada demais, prestes a arrebentar.Aurora já estava perto dos três meses, depois daquele incidente na sua festa de aniversário, Andrews parecia estranhamento quieto também, mesmo que sempre presente e tão cuidadoso com ele, ele parec

Capitulo. 174Andrews estava à beira da exaustão quando foi levado de volta para a mansão, aurora ficou em pânico com todo aquele sangue, mesmo quando estava sendo lavado debaixo do chuveiro, depois que toda a sujeira foi embora, ninguém mais ousou tocar no assunto.Janete sumiu depois daquele dia, após mariana a levar para casa lhe aconselhando a se afastar porque ela já viu com os próprios olhos o que Andrews é capaz de fazer se alguém mexer com a família dele.Após isso os dias continuaram normais e vinham sendo preenchidos com suspeitas crescentes. Nada mais fazia sentido: as saídas de Aurora, o comportamento evasivo dos outros, os olhares desviados. Ele precisava de respostas.Ele caminhava em silêncio pelos corredores quando ouviu vozes baixas vindo da área de serviço. Parou, oculto pela sombra da parede.— “A senhora Aurora não devia estar subindo escadas, está fraca… o médico disse para ela descansar. — Jacy comentou enquanto levava uma bandeja com um bule de chá para enjoo.—

Capitulo. 176Aurora está deitada, pálida, com os olhos fixos no teto branco. Seus dedos apertam os lençóis com força. O médico entra com uma prancheta nas mãos, a expressão neutra, profissional.— Você já pode ir para casa, mas deve manter repouso para se recuperar, perdeu muito sangue e deve se cuidar e ter muita cautela. — ele avisou enquanto ela continuava a ler os documentos.Aurora retorna para casa, envolta em silêncio. Mariana a ajuda a subir as escadas. O clima é pesado. Ela se deita, sem falar com ninguém, sem chorar, sem reagir.— Você quer comer alguma coisa? — mariana perguntou.— Apenas avise para ninguém entrar em meu quarto, muito menos Andrews.Horas depois, Andrews aparece na porta do quarto. Ele está calmo, frio, quase aliviado, hesita várias vezes tentando formular palavras em sua mente para conversar com aurora e tentar a consolar.— Eu soube... — diz ele. — Eu não queria que fosse assim, mas talvez..., talvez tenha sido melhor. Agora podemos viver em paz. Sem iss

Cap. 178Pela manhã, Aurora mantinha a mesma rotina ao se sentar em frente à penteadeira — mas não para se arrumar. Ela tinha um novo passatempo.Era uma caixa de música velha, que ela havia pegado escondida no quarto infantil onde estavam guardados antigos documentos do filho falecido de Andrews. Era uma caixa antiga, mas ainda imponente em sua simplicidade. Tinha acabamento em madeira escura e, dentro dela, um pequeno bailarino rodopiava ao som de uma melodia suave. Aurora sempre ouvia com o coração apertado.A música a envolveu. Uma nostalgia amarga subia pelo peito, enquanto memórias de uma vida que parecia tão distante surgiam em sua mente.Foi então que seus olhos caíram sobre um pequeno par de sapatinhos de bebê, escondidos nas profundezas da caixa. Estavam ali como um segredo guardado, acompanhados por alguns pequenos papéis com registros especiais.Aurora tirou os sapatinhos de dentro da caixa e os segurou contra o peito, fechando os olhos com força. Uma lágrima escorreu por s