Franco Amato filho finalmente havia acordado, só para se deparar com uma terrível realidade, Leonardo poderia parecer o homem mais indefeso dentro da prisão, já que, para sua idade, o juiz Moretti havia sido duro com o castigo e não havia aceitado a prisão domiciliar. Não depois de conhecer as atrocidades perpetradas contra Alessia Amato, que, por anos, viveu sob a sombra de seu avô e sogro, e que além disso este último fosse quem abusava dela.Franco acordou e pôde sentir como o corpo doía, não lembrava bem o que havia acontecido, só lhe chegavam vagas lembranças de uma briga na cela, uma dor intensa na altura do abdômen e ver suas mãos manchadas de muito sangue.— Franco Amato, que bom que acordou! Achávamos que já tinha nos deixado... — disse um oficial que o vigiava muito atentamente.— Onde estou? O que estou fazendo aqui? — disse Franco tentando se mover.Franco tentava levantar o corpo, mas este parecia que havia passado um trem por cima.— Ei...! Dizem que você tentou abus

Massimo nesse mesmo dia saiu direto para o escritório onde sabia que encontraria o juiz Moretti, depois de saber o resultado de sua busca, não podia deixar passar mais tempo sem ter respostas, por um lado, estava Alessia Amato e sua estadia na França, por outro, que era o mais importante, era a localização e relação entre seu filho Luciano e Antonio Moretti.Ao chegar ao seu escritório se anunciou com sua secretária, ela lhe comentou que o juiz não poderia atendê-lo, mas uma vez que viu a insistência do homem, teve que entrar no escritório do juiz, este por sua vez, revirou os olhos, já que o fato de ter Massimo D'Angelo fora de seu escritório, só significava duas coisas, lhe reclamaria sobre a morte de Leonardo Pellegrini ou lhe perguntaria sobre seu filho, embora se inclinasse mais pelo segundo.— Senhor, o senhor D'Angelo não parece que queira ir embora? Diz que é importante falar com o senhor... — disse a secretária, constrangida por não conseguir se livrar do homem que estava do

Valeria olhava como seu marido brincava com seus filhos enquanto ela tomava uma xícara de café, por sua vez, Marco não percebia que ela o olhava. Ela não só o olhava, lembrava, se perdia em um passado juntos ou separados, um passado que, se fosse desde sua infância, lhe doía igual que se lembrasse de sua adolescência.Toda a vida que passou junto a seu pai não havia sido mais que um completo lembrete de que ela viveu, mas sua mãe morreu. Às vezes se punha a pensar se seu pai continuasse vivo, o que teria sido dele? Teria voltado a fazer sua vida? Teria mais irmãos? Eram perguntas que ninguém podia responder ou pelo menos isso ela pensava.Se analisasse bem, deixando para trás tudo relacionado com Massimo, sua vida havia mudado por completo, Pietro era importante para ela pelo simples fato de que lhe devolveu sua liberdade, inicialmente.O fato de ele ter cuidado dela quando estava grávida de seu próprio irmão, era algo extra, o que mais valor lhe deu, foi que aos 18 anos lhe deu a l

Valeria olhava para aquela garota, a verdade era que, sim, efetivamente, em algum momento pôde sentir um pouco de ciúmes, mas agora que conversava com ela, era claro que aquela mulher não tinha nada de ruim, ao contrário, era pura doçura.Aquilo era uma coisa estranha em Pietro, já que de jovem, lhe conheceu uma longa lista de garotas e nenhuma era como ela, inclusive se incluía, ela tampouco se parecia em nada com as garotas com quem ele saía.— Sei que soa um pouco estranho, mas sim, construímos uma vida lá, temos nossas lembranças lá, nossa casa, nossos negócios, sei que soa duro, mas embora as pessoas que machucaram meu marido e sua família estejam na prisão, este lugar é um constante lembrete do que algum dia aconteceu. — disse Valeria, sendo completamente sincera.Por que fazia aquilo, ela mesma não sabia, mas algo era certo, Celeste lhe dava confiança, agora bem, ao saber que ela esteve também em seu passado, lhe mudava sua perspectiva.— Já vejo! Acredite que os entendo, po

Depois que Pietro deixou Valeria sozinha com sua filha, a segunda se sentou ao lado de sua mãe, a abraçou e, com aquele abraço, sentiu como o calor do corpo de sua mãe a invadia.— Mamãe! Não sabe quanto sinto sua falta... — disse Paloma completamente segura.— Paloma, filha... Estou perto, você pode me ligar e quando precisar que eu venha, pois posso fazer. Da mesma maneira, pode ir em casa como antes, sei que não deve dirigir no seu estado, mas sempre um motorista pode te levar. — disse Valeria vendo como os olhos de sua filha se enchiam de lágrimas.— Perdão, mamãe! A gravidez me deixa toda chorona, me olhe, eu não sou assim e você sabe... — disse Paloma entre lágrimas.Valeria devia reconhecer que o que sua filha dizia era verdade, Paloma era uma garota forte e madura, mas agora se via tal como se fosse uma garotinha indefesa.— Minha menina, se precisa da mamãe, nunca duvide em me procurar. Sempre te escrevo e me diz que está bem, te liguei e o mesmo, sei que anda chorona, eu