EmmaCortar o cabelo não é igual arrancar um braço ou uma perna, mas cortá-lo parecia doer como se eu estivesse perdendo um membro importante do meu corpo. Eu sabia que ele crescia, que se eu tivesse sorte de viver por mais um ano, ele estaria grande, novamente, tão bonito quanto agora, mas ver a tesoura cortando minhas mechas e, logo em seguida, a máquina passando pelo meu couro cabeludo me fez derramar lágrimas.Ninguém deveria ser obrigado a rapar a cabeça, mas a doença não deixaria nenhum único fio sobrar e eu não suportaria ver meu cabelo cair lentamente sem que eu pudesse fazer nada. Eu tentei ser forte, enxergar o lado positivo, aquele onde havia esperança de vê-lo crescer como uma planta, mas foi inevitável a dor que senti.Quando olhei para o espelho, vi o reflexo do Gregory logo atrás de mim. Seus olhos brilhavam com uma tristeza profunda, mas ele ensaiou um sorriso para tentar demonstrar que estava tudo bem. Nunca imaginei me sentir mal por ver Gregory sofrer, ainda mais sa
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