DavidDias depoisO rugido dos motores ecoa pelo hangar privado, e eu já sinto a excitação crescendo no peito. Don Levi está chegando com sua família, sua esposa, Hannah, os gêmeos Leyan e Luan, e a pequena Layane. Aliados poderosos, amigos leais. Mas, acima de tudo, família.Quando o jato toca o solo, dou um passo à frente, ajustando o paletó, os olhos afiados como lâminas. A porta da aeronave se abre, e lá está ele: Don Levi Lopez, imponente, com aquele sorriso que só ele sabe dar — uma mistura de perigo e carinho.— David! — ele me saúda, a mão firme apertando a minha. — Está cada vez mais com cara de homem casado.Sorrio de lado. — Espero que isso seja um elogio.Hannah desce logo em seguida, elegante como sempre, e depois vêm os gêmeos. Meu olhar se estreita. Estão enormes. Homens feitos. Leyan e Luan, com 17 anos, já exibem a postura de quem nasceu para comandar, e a pequena Layane… bem, ela já não é tão pequena assim, está com doze anos, linda, uma adolescente, ao vê-la imagino

Don VittorioLiana, o grande amor da minha vida! As mãos dela deslizam pela minha pele, mas é a sua entrega silenciosa que me desarma. O quarto está mergulhado em penumbra, apenas a lua ousa testemunhar o que acontece entre nós. Liana está deitada sob mim, sua respiração entrecortada ecoa em meus ouvidos como uma melodia hipnotizante.Desço meus lábios até o centro de seu prazer, e o gosto dela explode em minha boca, quente, doce, uma essência que sempre foi minha e que, mesmo após tantos anos, ainda me deixa insaciável. Minha língua dança lenta e firme, saboreando cada tremor que arranca de seu corpo. Sinto suas pernas tremerem, as mãos emaranhadas em meus cabelos, guiando-me, mas ao mesmo tempo se perdendo. Quando ela se desfaz em minha boca, com um gemido abafado, algo dentro de mim se inflama ainda mais, aabsorvo o momento e bebo todo o seu mel. O prazer dela é o pavio que acende o meu fogo.Subo pelo seu corpo, distribuindo beijos quentes até que nossos rostos estejam alinhados,

DavidMeu coração martela no peito como se quisesse atravessar minha caixa torácica. Minhas mãos suam, e meus pensamentos são um turbilhão descontrolado. Não é por causa dos aliados que estão chegando, Don Hector, Don Santiago, e até mesmo Bianchi, que foi direto para a casa de Dante. Não. É porque hoje, pela primeira vez, vou acompanhar Lizandra em uma consulta médica.— Pai, preciso da sua ajuda — minha voz está firme, mas sinto a tensão por trás de cada palavra.Don Vittorio ergue uma sobrancelha, apoiando-se na mesa do escritório. Ele sempre teve esse jeito de leão em repouso, calmo por fora, mas feroz por dentro.— Estou aqui, David. O que houve?Respiro fundo.— Hoje tenho que receber os aliados, mas Lizandra tem uma consulta com a obstetra. Eu preciso ir com ela. Na primeira consulta, eu não fui... ela não me avisou. Nós estávamos brigados. Mas dessa vez, depois daquele sangramento que ela teve por causa da loucura do Castellano, eu não vou deixá-la ir sozinha pai, mesmo com a

DavidO suor escorre pela minha nuca enquanto eu ando de um lado para o outro, como um leão enjaulado. A igreja está impecável, flores raras espalhadas estrategicamente, velas altas tremulando em harmonia, e um tapete vermelho que parece ter sido tecido pelo próprio diab0 para prolongar a minha agonia. Lotada. Lotada de rostos conhecidos e aliados, homens poderosos que, mesmo sentados nos bancos polidos, carregam a aura de perigo.Bianchi está lá, com seu olhar afiado que parece atravessar a todos. Don Levi, sereno como sempre, mas não menos intimidador. Don Hector e Don Santiago também marcam presença, este último acompanhado por Nina, que não disfarça o brilho nos olhos, acho que mais alguém se amarrou! Meu pai, Don Vittorio, está ao meu lado, firme, a mão pesada pousada no meu ombro em um gesto mudo de apoio. Darlan e Derick trocam olhares de puro deboche ao verem a minha inquietação, mas eu não tenho força para revidar com uma piada, a minha mente está um caos.— Ela não chegou a

LizandraO som dos sinos ecoa pela igreja lotada, cada badalada parece sincronizar com as batidas aceleradas do meu coração. O véu cobre parte do meu rosto, mas não o suficiente para esconder a tempestade de emoções que me domina. Estou parada diante do altar, com David a poucos passos de mim, e tudo ao meu redor parece girar em um redemoinho de expectativas, amor e promessas. A igreja está impecável, flores lindas adornam cada canto, as velas brilham suavemente, e os olhos atentos dos convidados estão fixos em nós. Mas a única coisa que vejo, que realmente vejo, é ele.Ao meu redor, reconheço tantos rostos familiares. O conselho da máfia, em peso, assiste com olhares firmes e respeitosos. Paolo, o meu padrinho, está impecável em seu terno, mantendo aquela postura séria, mas com um brilho emocionado nos olhos, Alessandro ao seu lado. A família Malta, minha mãe, e até amigos da faculdade estão ali, e ver Maia entre eles me arranca um sorriso sutil. Alguns antigos professores também est